“Quem acredita sempre alcança”. O trecho da canção Mais Uma Vez, da Legião Urbana, é um reflexo da vida de Vágner Benazzi, novo técnico tricolor. No seu 22º ano de carreira, o paulista de Osasco, com 35 times na trajetória, terá pela primeira vez, aos 56 anos, um time campeão brasileiro em seu currículo. Na verdade, bi.
O anúncio oficial, no meio da tarde de ontem, veio como um chute do meio-campo, na maior surpresa. Quem recebeu a efetivação do auxiliar Chiquinho de Assis na última sexta-feira com espanto, ficou pasmo com a contratação de Benazzi, recém-demitido do Avaí, fora até da segunda fase do Catarinense.
Ele tem chegada prevista em Salvador para amanhã. No domingo, assiste ao Ba-Vi. “Preciso transformar aquilo que está perdido em alegria e tomar uma vaguinha entre os quatro”, disse Benazzi à rádio Metrópole FM, na noite de ontem, sobre a retomada das vitórias e a classificação pra segunda fase do Baiano.
Por fora
O novo técnico do Bahia acredita saber exatamente os motivos da sonolência tricolor no estadual: “Série A é diferente de Série B, que é diferente de regional. No Avaí, quando descobri que tínhamos que jogar o regional, ficamos invictos. Isso me deixou em alerta”. No time catarinense, Benazzi perdeu os quatro primeiros jogos do estadual e, nos últimos cinco, ganhou três e empatou dois.
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Na sinceridade, Benazzi disse estar por fora do time tricolor. Mesmo assim, conhece alguns jogadores, como Nen, que ele mesmo lançou no Gama, no acesso à Série A em 1998, e Tiago, seu goleiro titular na Portuguesa, em 2007, que passa por péssima fase no Bahia.
“A minha sorte é ter o conhecimento de alguns jogadores. Eu sou um treinador boleirão. Se eu olhar na cara do jogador e ele não tiver a cara da reação, não segue comigo”, disse com a convicção de que pode recuperar a bola tricolor em 2011.