A Bahia está na mira da Operação Pontes de Papel, da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta terça-feira (6/3). O objetivo é investigar desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias, peculatos, corrupções ativas, passivas, crimes contra o sistema financeiro, fraudes na execução de contratos administrativos e cartel praticados por organização criminosa infiltrada no Governo do Estado do Tocantins. Estes valores deveriam ser destinados à execução de obras públicas de construção de pontes e rodovias no estado.
Ao todo, serão cumpridos 59 mandados judiciais, dos quais 31 de intimação e 28 de busca e apreensão, nos estados de Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal. Para tal, 160 policiais federais participam da operação.
Segundo informações da PF, a investigação começou após solicitação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a primeira promovesse a sistematização de dados relacionados a superfaturamento e ordens de pagamentos emitidas em determinados contratos, bem como identificação dos responsáveis pelos eventuais desvios.
Durante as investigações, foi apurado que havia, nas fraudes, sempre o envolvimento de um núcleo Político, um núcleo de Empresários e um núcleo de Servidores Públicos e Funcionários, estando nesse último incluído os membros da comissão de licitação, fiscais, diversos comissionados e funcionários de empresa.
Os valores gastos pelo Estado nas obras investigadas chegaram a R$ 1.4 bilhão de reais, dos quais estima-se que foram desviados cerca de 30%.