Previsão para o trimestre é de chuvas no litoral da Bahia

Por Redação
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 meteorologista não descarta a ocorrência de chuvas fortes concentradas em poucas horas| Joá Souza l Ag. A TARDE
O meteorologista não descarta a ocorrência de chuvas fortes concentradas em poucas horas| Joá Souza l Ag. A TARDE

A previsão para a faixa leste do estado (extensão litorânea) nos meses de junho, julho e agosto é de chuvas variando de normal a abaixo da média, segundo análises que foram feitas por meteorologistas do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e divulgadas nesta sexta-feira, 20.

De acordo com o meteorologista do Inema Aldirio Almeida, o trimestre de junho a agosto costuma ser o período mais chuvoso da faixa leste do Nordeste – onde os valores médios históricos variam entre 300 mm e 800 mm -, mas as previsões para este ano, em toda a região, não superam as médias históricas.

No entanto, Almeida não descarta a possibilidade de que possam ocorrer episódios de chuvas extremas concentradas em poucas horas. Para o resto do estado, onde não costuma chover neste período, a previsão é que se mantenha dentro da normalidade.

“Isso significa que choverá pouco. Na verdade, nesse período, praticamente não chove no resto do estado, o que não é uma boa notícia, sobretudo para o setor agrícola. Já para a faixa leste, não há previsão de grandes volumes de chuvas”, disse o meteorologista.

De outubro de 2015 a maio deste ano, apenas o mês de janeiro teve, em todo o Nordeste, chuvas acima do patamar normal.

Dois motivos se destacam para a ausência de chuvas acima da média nos próximos meses: o fenômeno climático El Niño, que, apesar de estar enfraquecendo, continua influenciando e evitando que frentes frias se aproximem, e a temperatura do oceano Atlântico, que não está favorável.

Ano passado, o mês de junho ficou dentro da média histórica, enquanto que os meses de julho e agosto tiveram resultados abaixo do esperado.

Conforto

A nova previsão é desfavorável para os reservatórios de água do estado. “De uma forma geral, nossos níveis estão confortáveis. Agora, vamos ter que gerir para evitar que, com redução de chuvas, não tenhamos um resultado drástico”, ressaltou.

As maiores preocupações, segundo ele, estão na Bacia do São Francisco, onde não chove há mais de cinco anos, no reservatório do Apertado, no Alto do Paraguaçu, usado principalmente para a agricultura e nos reservatórios situados na região de Vitória da Conquista.

A análise feita pelo Inema leva em conta aspectos como o comportamento dos ventos, pressão atmosférica, entre outros, e contou com a participação de meteorologistas de vários estados do Nordeste. Eles costumam se reunir mensalmente em diferentes estados do Nordeste para analisar previsões climáticas para a região.

Anderson Sotero

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