Salvador é capital com mais jovens infectados com HPV, aponta pesquisa do Ministério da Saúde

Por Redação
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 Salvador é capital com mais jovens infectados com HPV, aponta pesquisa do Ministério da Saúde
Salvador é a capital brasileira com mais jovens infectados com HPV, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. 71,9% dos entrevistados da capital baiana têm o vírus.

O estudo contou com 7.586 pessoas com idades entre 16 e 25 anos que usam o Sistema Único de Saúde (SUS), de todas as capitais e do Distrito Federal, das quais 2.669 foram analisadas para tipagem de HPV. Foram 5.812 mulheres e 1.774 homens. Dos participantes testados, a prevalência de HPV foi de 54,6%, o que corresponde a mais da metade da população brasileira. Desses, 38,4% apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

Os dados são preliminares e a análise será feita em 2018. Nesta semana, o ministério disponibilizou informações relativas às capitais. Além de Salvador, Macapá, Cuiabá e Palmas ultrapassam 60% de prevalência. Recife, Florianópolis, Maceió, João Pessoa e Curitiba têm entre 41% e 48% de ocorrências registradas. Já Manaus, Belém, Boa Vista, São Paulo, Natal, Porto Velho, Fortaleza, Goiânia, Teresina, Rio de Janeiro, Aracaju, Vitória, Rio Branco, Porto Alegre e São Luís estão na faixa de 50%. Brasília, Campo Grande e Belo Horizonte ainda não têm dados suficientes para análise.

O estudo indica, ainda, que 16,1% dos jovens têm uma infecção sexualmente transmissível (IST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. A maior parte está em uma relação estável – mais de 40% estavam namorando e cerca de 33% eram casados ou moravam com o(a) parceiro(a). Apenas 24,2% declararam-se solteiros e menos de 1%, divorciados.

De acordo com o ministério, o comportamento sexual de risco foi observado na maioria dos entrevistados (83,4%). Isto porque a média de parceiros sexuais no último ano foi de 2,2, contra uma média de 7,5 nos últimos cinco anos. A prevalência do HPV deve estar associada ao não uso da camisinha. Conforme a pesquisa, 51,5% dos entrevistados disseram usar preservativo rotineiramente e 41,1% haviam feito uso do contraceptivo na última relação sexual.

A versão final do levantamento deverá abarcar informações sobre fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência do HPV. A expectativa do Ministério da Saúde é que o estudo seja divulgado em abril de 2018.

Por Aratu online

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