Faltando menos de um mês para o São João, o destino da maior festa do Nordeste do país ainda é incerto este ano. Devido a paralisação nacional dos caminhoneiros, que entra no 10º dia nesta quarta-feira (30/5), os prefeitos já não têm certeza se os arraiás serão mantidos. A exemplo disso, foi o prefeito de Valença, que cancelou o São João da cidade alegando dificuldades econômicas, e, principalmente, a greve nacional dos transportes de cargas, onde as mercadorias não circulam, acarretando na diminuição drástica da geração de impostos.
Segundo o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro, a paralisação dos caminhoneiros está tirando o sono dos prefeitos e obrigando os gestores a encurtar ou até mesmo cancelar a festa.
Em Bom Jesus da Lapa, onde Eures é prefeito, a festa de São Pedro seria de três dias, mas foi reduzida para dois. Além disso, algumas bandas foram dispensadas, o que deve gerar economia de 40% nas despesas. Em Porto Seguro, a festa foi cancelada. Por meio de nota, a prefeitura destaca as fortes chuvas, além da greve dos caminhoneiros, como a falta de combustível para abastecer a frota de veículos e maquinários do município. Alguns municípios estão com atraso na entrega dos equipamentos para montagem dos palcos. Outras cidades remarcaram ou cancelaram festas por falta de combustível para os geradores ou porque temem que a queda na arrecadação tributária comprometa os pagamentos.
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