O carnaval de Salvador perdeu neste sábado (16/6), um dos responsáveis em transformar a festa baiana em uma das maiores folias de rua do mundo. O construtor de trios elétricos Orlando Tapajós morreu, aos 85 anos, por volta das 22h50, em um hospital da capital baiana.
Internado desde o último dia 11, após sofrer um infarto. O corpo do carnavalesco sairá em cortejo no carro do Corpo de Bombeiros pela praça Castro Alves, dando a volta na Casa D’Itália e retornando à praça, onde será feita homenagem pelos trios elétricos. O sepultamento será às 14h, no Jardim da Saudade, em Brotas
Em nota, o prefeito de Salvador, ACM Neto, lamentou a morte de Tapajós. “Que Deus dê conforto aos músicos, artistas, amigos e, principalmente, aos familiares de Orlando Tapajós”.
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O democrata também destacou a importância de Orlando Tapajós para o desenvolvimento do carnaval da cidade.“O Carnaval da Bahia e as festas populares de todo o Brasil ganharam uma nova dimensão com os trios elétricos e Orlando Tapajós foi um dos grandes responsáveis por esta transformação “, afirmou.
Quem também se pronunciou por meio das redes sociais foi o governador Rui Costa. O petista se referiu a Tapajós como “uma das personalidades baianas que mudaram a forma de se fazer Carnaval na Bahia e no Brasil”. “Expresso meus sentimentos de luto e pesar pela perda de uma figura tão importante para a história do Carnaval baiano”, lamentou Rui.
HISTÓRIA
Orlando Campos de Souza, conhecido como Orlando Tapajós, desfilou pela primeira vez no Carnaval de Periperi, no subúrbio de Salvador, em 1956. Seis anos depois, criou a primeira carroceria metálica e independente da estrutura do caminhão.
Em 1972, depois de construir vários trios, sendo responsável pela invenção da Caetanave. Em 2016, Orlando ganhou um circuito no Carnaval de Salvador, de Ondina à Barra. No ano anterior, foi homenageado da festa de Momo da capital baiana.