MP-BA investiga mutirão de catarata que deixou pacientes cegos

Por Redação
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Por: Reprodução / Ilustrativa

Um mutirão de cirurgia de catarata que deixou mais de 40 pacientes cegos na cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, é investigado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Os procedimentos foram feitos em julho de 2009, em uma clínica particular contratada pela prefeitura. O MP tenta um acordo com os dois médicos, identificados como Alaílson Mendes Brito e Wagner Gomes Dias. Eles são denunciados por danos estéticos, morais e materiais. Eles chegaram a fazer 20 cirurgias por dia. As informações foram divulgadas pelo G1.

De acordo com o órgão, 73 pessoas foram atendidas durante o mutirão. Destas, 42 perderam a visão ou tiveram o sentido parcialmente prejudicado por causa dos procedimentos. Laudos indicam que os pacientes foram infectados pela bactéria pseudomonas aeruginosa, que tem o solo como ambiente de origem. Os laudos apontam ainda que os médicos não tomaram cuidados de higiene durante as cirurgias, como o uso de toucas na cabeça e nos pés, além de aventais cirúrgicos nos pacientes.

Na quarta-feira (22), em uma reunião feita com os pacientes, o MP-BA definiu uma indenização de R$ 40 mil para cada um deles. Ao site, por meio do advogado, o médico Wagner Gomes informou que só vai se posicionar sobre o caso em juízo. Já o advogado de Alailson Mendes informou que adotou todas as providências para diminuir a infecção assim que percebeu problemas nos pacientes. O médico disse, ainda, que eles foram encaminhados para um hospital particular em Salvador, com todas as despesas e cuidados clínicos pagos por ele. A Prefeitura, denunciada por negligência e por falta de fiscalização, informou que só vai se posicionar após parecer final da Justiça.

Por: Redação BNews

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