Segundo sindicato dos caminhoneiros autônomos, manifestação é para marcar início da paralisação da categoria na capital. Principais motivos de manifestação são custo do combustível e reajuste da tabela de frete.
Caminhoneiros autônomos iniciaram uma caminhada em Salvador, na manhã desta segunda-feira (1º). O grupo começou o protesto na BA-526, conhecida como Estrada CIA-Aeroporto, na altura de Simões Filho, região metropolitana da capital, e depois acessou a BR-324.
De acordo com o grupo, essa manifestação é para marcar o início da paralisação da categoria na capital. Com faixas de pedidos de apoio, os caminhoneiros seguiram da Estrada CIA-Aeroporto em direção à BR-324.
O protesto é acompanhado por equipes da Polícia Militar e não chega a interromper o trânsito. De acordo com o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado da Bahia (Sindicam), Juraildes Oliveira, a categoria reivindica, principalmente, a redução do preço do óleo diesel.
“São 10 reinvindicações, mas a principal delas é o óleo diesel. O óleo diesel está subindo toda semana e nós estamos sofrendo com isso. Não só a gente, como a população no geral. Porque sobe o óleo diesel, sobe gasolina, sobe o gás. Então a população está pagando o preço, não é só a gente”, disse.
Outro ponto falado por Juraildes é o reajuste da tabela de frete, feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Para operações de alto desempenho, o reajuste foi de 2,34%, enquanto para operações com carga lotação foi de 2,51%.
“O governo deu 2% de aumento a nível nacional, só que ainda não é suficiente para a categoria. A gente ainda não sabe [quantos dias vão ficar parados]. Vai depender do governo, de conversar com a categoria e com as lideranças, para resolver a situação que está acontecendo hoje no país”, disse Juraildes.
INTERIOR
Em Vitória da Conquista, os caminhoneiros chegaram a fazer vídeos anunciando a paralisação da categoria. No entanto, os motoristas rodam normalmente nesta manhã. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há pontos de paralisação na região sudoeste.
Em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, a paralisação foi suspensa. Segundo o presidente do sindicato, Jorge Carlos da Silva, o grupo chegou a tentar parar e criar pontos de bloqueio, mas a PRF teria impedido.