Sindicalistas são detidos na BA após confusão na Petrobras

Por Redação
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Sindicalista Deyvid Bacelar foi preso pela PM acusado de desacato
Sindicalista Deyvid Bacelar foi preso pela PM acusado de desacato

Três sindicalistas foram detidos acusados de desacatar policiais militares durante ação na refinaria Landulpho Alves, na madrugada desta terça-feira, 3, em São Francisco do Conde (na Região Metropolitana de Salvador). Desde o último domingo, 1º, os funcionários da Petrobras na Bahia estão em greve.

Foram levados à delegacia o coordenador do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro-BA), Deyvid Bacelar; o fotógrafo da entidade, Wandaick Costa; e o diretor do Sindpetro e da  Central Única de Trabalhadores (CUT), Agnaldo Soares.

“Ontem à noite passamos em frente ao portão principal da refinaria e presenciamos uma ação suspeita. Dois policiais estavam conversando com gerentes de lá. Resolvemos fazer algumas fotos. Depois de cerca de trinta minutos, uma viatura da PM chegou em alta velocidade e quase o atropela integrantes do Movimento Estudantil e do MST (Movimento Sem Terra) que estavam conosco. Um policial que estava muito alterado desceu e exigiu que Wandaick entregasse à câmera. Nosso fotógrafo se negou e foi dado voz de prisão para ele. Eu e Agnaldo questionamos o motivo dele fazer isso e fomos presos também”, contou.

Barcelar disse que foi algemado e conduzido para a delegacia de Candeias (RMS), depois para São Francisco do Conde, e novamente levado para a unidade de Candeias. “Tenho vários hematomas pelo corpo. Passamos cerca de 4 horas neste vai e vem de delegacias”, disse. O caso foi registrado na unidade em São Francisco do Conde.

O sindicalista acredita que o caso foi uma ação combinada pela gerencia da refinaria com policias para impedir a manifestação da categoria nesta terça. “Estamos no terceiro dia da greve e, com essa ação, os gerentes esperavam que as pessoas ficassem com medo e voltassem para o trabalho”, acusou Barcelar.

Segundo o titular da Delegacia de São Francisco do Conde, José Edson de Jesus, os sindicalistas foram levados para a unidade sobre a acusação de desacatar policiais militares. Lá, eles foram ouvidos e liberados.

“Os policias tinham ido para a refinaria em razão de funcionários não estarem tendo acesso ao trabalho. Eles alegaram que cadeiras e mesas foram jogadas na viatura. Segundo os policias, eles foram apenas conduzidos para serem ouvidos. Não foi relatado ação truculenta por parte dos PM’s”, informou.

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