Infringência eleitoral em escola mobiliza ações
Na última semana, os alunos do Colégio Polivalente foram alvo de polêmica ao serem convocados pela gestão da unidade para uma reunião com o Grêmio Estudantil, mas acabaram se deparando com militantes políticos favoráveis a determinada campanha. A situação gerou revolta entre os estudantes, que questionaram a presença desses indivíduos no ambiente escolar, como destacou uma aluna em um vídeo enviado ao portal de notícias.
Além disso, uma grave acusação surgiu por meio de áudio, na qual uma aluna relatou que o diretor do colégio havia proibido o uso de itens relacionados à campanha de Flávio Matos, da União, enquanto permitia que outros utilizassem materiais ligados a Caetano. A aluna também afirmou que o diretor sugeriu que ela mudasse de lado na campanha eleitoral em troca de benefícios educacionais.
Esses acontecimentos violam as leis eleitorais, que proíbem a propaganda política em locais públicos como escolas, conforme estabelece o artigo 37 da Lei nº 9504/97. Além disso, a ação compromete o princípio de neutralidade que deve existir em ambientes educacionais, os quais não devem ser utilizados para influenciar o eleitorado de forma indevida.
Essa prática não é um caso isolado, já que recentemente um caso semelhante ocorreu em um colégio de Monte Gordo, onde a deputada federal Ivoneide Caetano também convocou alunos para um comício político. A reiteração dessas condutas demonstra a necessidade de se coibir práticas que violem a legislação eleitoral e comprometam a imparcialidade de ambientes educacionais.
Diante disso, é fundamental que as autoridades responsáveis investiguem e tomem medidas para evitar que a política se misture indevidamente com o ambiente escolar, garantindo assim a integridade do processo eleitoral e a neutralidade dos espaços de ensino.