Em uma iniciativa inédita, a Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) visitou o Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, nesta segunda-feira (4/11). O evento reuniu parlamentares, representantes de associações e líderes do setor químico para discutir o desenvolvimento da indústria petroquímica nacional e os principais desafios enfrentados pelo setor. Durante a visita, os parlamentares conheceram as instalações da Braskem e ITF Chemical, empresas-chave na cadeia química do Polo, considerado o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul.
Participaram do encontro o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, além de representantes da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), ABIFINA, ABIQUIFI, ABICLOR, ABIPLA e o Conselho Federal de Química (CFQ). Outras entidades locais, como o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico e Petroquímico do Estado da Bahia (Sindiquímica), também marcaram presença.
Em seu discurso, o presidente da FPQuímica, deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), destacou o compromisso da Frente com o setor. “Esta Frente Parlamentar tem muito ativismo, trabalho e expressão. Entre deputados e senadores, somos uma das Frentes Parlamentares mais atuantes”, afirmou o parlamentar. A FPQuímica, que existe há 11 anos, desempenha um papel crucial na defesa de políticas que favoreçam a indústria química e petroquímica, essenciais para o crescimento econômico e a competitividade do Brasil.
A visita ao Polo de Camaçari permitiu que os presentes discutissem desafios como a alta dependência de produtos químicos importados, que, segundo dados da ABIQUIM, resultaram em um déficit de US$ 22 bilhões na balança comercial apenas no primeiro semestre de 2024. Esse cenário acende um alerta para o setor, que enfrenta um ciclo prolongado de baixa, intensificado pela forte concorrência de produtos importados.
Durante a visita à Braskem, maior produtora de resinas das Américas, o diretor industrial Carlos Alfano apresentou os investimentos da companhia voltados para tornar as operações mais competitivas e sustentáveis. Em 2023, a Braskem destinou cerca de R$ 1 bilhão para melhorias nas unidades da Bahia, com foco em iniciativas de descarbonização e no uso de energias renováveis. “Esta visita mostra aos parlamentares os esforços que fazemos para manter a competitividade e sustentabilidade da nossa produção no Polo de Camaçari”, destacou Alfano.
Na sequência, a delegação conheceu as instalações da ITF Chemical, multinacional italiana especializada em Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). O diretor superintendente da ITF, Leoncio Cunha, revelou que a empresa está investindo R$ 49 milhões para ampliar a capacidade produtiva do IFA ferrolat, utilizado no tratamento de anemia, com previsão de conclusão para 2026. Esse investimento promete fortalecer a produção nacional e diminuir a dependência do Brasil de IFAs importados.
Para o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, o Polo de Camaçari representa uma coluna vertebral da economia baiana, gerando empregos e contribuindo significativamente para o PIB do estado. “Trabalhamos com ações transversais de governo, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues e do secretário Davidson Magalhães, que tem um papel fundamental nas áreas de trabalho, emprego, renda e esporte. Ele estabelece essas ações com uma indústria fundamental para transformar nossos desafios em oportunidades”, afirmou Geraldo Júnior, reforçando o compromisso do governo com o setor.
A deputada federal Ivoneide Caetano (PT-BA), coordenadora da FPQuímica para a região Nordeste, ressaltou a importância dos investimentos do governo federal em infraestrutura industrial, especialmente para o Polo de Camaçari. “A indústria tem investido muito, com mais de R$ 100 milhões direcionados à infraestrutura de diversos polos”, disse Caetano. A deputada também mencionou a criação do Programa Nova Indústria Brasil, que visa incentivar a competitividade e a produção nacional.
Paulo Engler, diretor-presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Química (IdQ), reforçou a importância de políticas que aproximem o setor industrial do poder público. “O IdQ existe para levar ao Congresso Nacional o cotidiano e as necessidades do setor químico, com segurança e representatividade. Essa é a importância do nosso trabalho”, enfatizou Engler, destacando o papel crucial do IdQ em dar voz às demandas da indústria.
Fundada em 1938, a multinacional Italfarmaco atua em mais de 90 países e possui unidades de produção no Brasil, incluindo a ITF Chemical em Camaçari. A empresa é referência em produtos para a saúde da mulher, neurologia e doenças raras. A Braskem, por sua vez, tem se consolidado no mercado global, exportando para mais de 70 países e investindo constantemente em práticas sustentáveis. Com um compromisso com a Economia Circular, a companhia está entre as líderes em inovação no setor químico e petroquímico.
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