Trabalhadores do Hospital Geral de Camaçari (HGC) e do Hospital Geral Menandro de Faria (HGMF), localizados em Lauro de Freitas, vêm enfrentando uma situação preocupante nos últimos meses. De acordo com denúncias dos profissionais, os salários estão atrasados há três meses e, até o momento, não houve qualquer retorno por parte da gestão. Vinculados a empresas terceirizadas, os funcionários cobram uma resposta urgente da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), responsável pela administração dessas duas unidades na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
As informações sobre os atrasos salariais foram divulgadas pelo portal Bnews, que destacou o desespero e a angústia enfrentados por esses trabalhadores, que buscam apenas o pagamento pelo tempo de trabalho já realizado nos hospitais. A situação afeta colaboradores contratados por meio de Pessoa Jurídica (PJ), com carteira assinada (CLT) e outros formatos de vínculo empregatício.
Um dos reclamantes, em entrevista ao veículo, expressou sua aflição diante da falta de perspectiva sobre a regularização dos pagamentos: “Estamos aflitos, desmotivados e sem saber a quem recorrer“, declarou. A situação é agravada pelo fato de que os trabalhadores terceirizados seguem desempenhando suas funções no HGC e HGMF, em jornadas exaustivas, sem terem uma previsão sobre quando irão receber os salários atrasados referentes aos últimos 90 dias. Tanto as empresas terceirizadas quanto a Sesab ainda não forneceram informações sobre a data em que esses pagamentos serão efetuados, o que aumenta a tensão entre os profissionais que lidam com o acúmulo de dívidas e demais despesas do cotidiano.
Em resposta aos questionamentos da imprensa, a Sesab afirmou que realiza os pagamentos aos prestadores de serviço de forma regular e que situações pontuais envolvendo terceirizados serão apuradas com responsabilidade. A Secretaria informou também que cobrou esclarecimentos das gestões dos hospitais para que medidas sejam tomadas em relação a esse problema.
Em Camaçari, não é apenas nos hospitais mencionados acima que há questões a serem enfrentadas. Na Maternidade Regional da cidade, médicos anunciaram que a partir da próxima quinta-feira (3) haverá uma restrição nos atendimentos, não acolhendo pacientes de classificação verde e azul, bem como procedimentos não urgentes, como forma de protesto contra os sérios problemas estruturais e de condições de trabalho precárias.
Dessa forma, os funcionários do HGC e Menandro de Faria clamam por uma resposta efetiva da Sesab para a regularização dos salários atrasados, buscando um desfecho para a situação que tem prejudicado tantos profissionais de saúde na região. Acompanhe mais notícias e atualizações através do portal notícias..