Banda Ponto de Equilíbrio é assaltada após show em Camaçari

Por Redação
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Medo de morrer, insegurança e psicológico abalado. Assim descreveu o produtor Arthur Galvão, da banda Ponto de Equilíbrio, que em conversa com o site Bocão News relatou os momentos de terror que ele e os músicos da banda passaram, na madrugada deste sábado (23).

Banda Ponto de Equilíbrio é assaltada na Bahia. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Banda Ponto de Equilíbrio é assaltada na Bahia.
(Foto: Divulgação/Assessoria)

“Tomamos coronhadas e tapa na cara. Foi terrível”, disaprou o produtor logo que questionado sobre o assalto que ocorreu por volta das 5h30, na estrada de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. “Eles colocaram os cones na pista que estava interditada, já que fizeram uma barrigada. Parou nossa van e mais dois carros, mas vieram direto na van. Parece que foi premeditado”, contou, ressaltando que eram sete jovens. “O mais velho tinha, no máximo 20 anos. Sendo que tinha também um de 15 anos”.

Arthur, que tem 27 anos de trabalho na área e já viajou por todo o país, disse estar completamente assustado com o que viveu e deu detalhes do sequestro. “Quando eles nos abordaram renderam o segurança e motorista. De lá, nos levaram até Valéria e, no meio da favela, nos fizeram deitar na lama e de costas. Pensei o tempo todo que ia morrer. Por mais de uma vezes dispararam contra nossa cara, mas a bala não saiu. Um deles dizia o tempo todo _ ‘Vamos matar só um'”, contou.

De acordo com o produtor, após a tortura psicológica e agressões, os bandidos decidiram liberar os músicos “e ainda nos informaram como sair de lá. Eram todos de Valéria e sabiam que éramos da banda Ponto porque na van cantaram nossas múicas. Foi assustador”, afirmou.

Hospedados em um hotel na capital, Arthur disse que ele e os músicos ainda não conseguiram dormir e estão tentando decidir o que farão, “já que não temos condições de pensar, de fazer nada. Estamos muito abalados”. Arthur aproveitou para criticar a assistência recebida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Assim que deixamos a favela parei no primero posto, perto de Valéria e um agente me disse que eu teria que conhecer alguém que soubeesse de uma delegacia para eu prestar queixa. Achei um absurdo”, disparou, sem ainda ter ido a uma delegacia para fazer o boletim de ocorrência. “Quem está nos dando assistência é o contratante, que está nos orientando e ajudando”. disse.

Com relação ao que foi roubado pelos assaltantes, além dos pertences pessoais, eles levaram também cerca de R$ 11 mil do cachê. “O que importa é que estamos vivos. Foi um terror. Em vários momentos falavam em nos matar. Nunca vivi isso e graças a Deus estamos bem apesar de tudo”, concluiu. A produção da banda vai analisar o pedido de ressarcimento do que foi roubado junto ao Estado.

Bocão News

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