A primeira reunião do ano do Conselho Municipal de Segurança Pública foi marcada, mais uma vez, pela ausência de representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário do Município, que parecem não dão importância à onda de violência na cidade neste momento, onde há assassinatos, roubos e furtos diariamente.
Mais uma vez, o delegado Marcos Laranjeiras não foi nem mandou representante.
Apenas os assessores do Vereador Dr. Pitagoras, o radialista Yancey Cerqueira, e do secretário de Habitação, Edilson Almeida, o radialista Júnior França, os representaram.
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Além do presidente do CMSP, prof. João Paulo, participaram o capitão Dantas, da PM, a delegada Yola Nolasco, da Deam, a presidente da CDL, Paula Araújo, e representantes da sociedade civil.
A população mais uma vez fez coro em relação às blitze em Candeias, onde o comportamento dos policiais tem sido de arrogante a agressivo com os cidadãos durante as abordagens.
Segundo relato daqueles que enfrentam essa situação tanto nas palavras, quando são chamados até de “vagabundos”, a tapas e empurrões desnecessários, que constrangem e podem provocar reações de um e do outro lado, e aí a parte mais fraca – o povo – vai sair perdendo.
Houve também quem elogiasse a presença da Polícia em muitas ruas de Candeias, como o músico Sérgio Brito, que reconheceu se notar mais policiais nas principais localidades.
Este ano, até 14/01, já foram registrados dois assassinatos: um na Central de Abastecimento, tendo como vítima Elaine Machado da Conceição, de 35 anos, e o outro no bairro do Sarandi, de Paulo Santos de Jesus Júnior, de 22. Ambos foram assassinados por tiros.
Ao falar pela 10ª Companhia Independente da Polícia Militar – CIPM, o capitão Dantas, afirmou, mais uma vez, em nome da PM, que as abordagens têm uma técnica idêntica em quase todos os países democráticos, mas admite haver exageros e que quando levados são apurados no âmbito da corporação.
Alegou também as dificuldades e limitações enfrentadas pelas PM’s em todo o Brasil e que o comandante, Major Almeida, não mede esforços para ver as coisas funcionarem bem, como é o desejo da população.
Questionado sobre a mudança da sede da Delegacia de Apoio à Mulher, a delegada Yola Nolasco informou que, por enquanto, vai permanecer onde está. Frisou que fez gestão à Prefeitura sobre esse assunto, mas os locais indicados não satisfizeram por várias razões.
A próxima reunião vai ser realizada no dia 31 de março.