A empresa Moliza, produtora de cerâmicas que atua nos arredores de Candeias, é acusada de demitir 180 funcionários – 100% do efetivo de trabalhadores – e de não pagar os valores rescisórios garantidos aos mesmos por lei. A denúncia partiu de funcionários da própria empresa, que apesar de terem parado a produção desde o último dia 23 de dezembro do ano passado, seguiram na planta até o dia 11 de janeiro, quando a diretoria da empresa declarou não ter recursos para o pagamento dos salários referentes a dezembro/2015 e ao décimo terceiro.
Os prejudicados alegam que a empresa afirmou, através do Sindicato, que faria as demissões em massa a partir de Março, em um acordo selado com o Ministério do Trabalho e acompanhado pelo Sindicato da categoria. O acordo previa a liberação do FGTS e do seguro desemprego dos funcionários que tivessem depósitos a serem sacados. Apesar do anúncio, a Moliza ainda detém grande quantidade de material em seu estoque. Segundo o Sindicato, os produtos serão lacrados e mantidos no local, de modo que não sejam comercializados até que a situação seja devidamente resolvida.
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A falta de transparência da Moliza torna a atual situação ainda mais dramática para seus funcionários e familiares, que por não ter acesso a informações precisas sobre o atual quadro da empresa, sofrem com a espera de uma resolução. Ainda não se tem um parecer definitivo sobre o status da Moliza – se a empresa abriu processo de falência ou não. Os trabalhadores contam que enfrentaram situação semelhante em Março de 2015, quando realizaram uma primeira mobilização que durou 3 meses devido à falta de pagamento de salários pela empresa, que à época alegava dificuldades financeiras decorrentes da crise econômica que atinge o país.