Alvo de polêmica por conta do projeto de construção do novo terminal industrial da petroquímica Braskem, a região da Prainha, localizada em Candeias, é considerada pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, uma área perigosa para a realização de atividades de lazer. A polêmica em torno da localidade está ligada na aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Candeias (PDDM), aprovado em 2015 pelos vereadores que considera área de proteção ambiental do município.
O debate acerca do assunto tem dois pesos: a parte do desenvolvimento com a geração de emprego, as contrapartidas que o município pode ter com a reforma do Estádio Municipal e da orla do distrito de Caboto, e a perda da Prainha da Boca do Rio, considerada uma área de lazer do município.
Porém, de acordo com os nativos, o surgimento da nova plataforma da empresa petroquímica, comprometerá o ofício e, consequentemente, a economia de Ilha de Maré, região que, apesar da proximidade com Candeias, pertence a Salvador.
“Por estar na área de expansão do porto, por ter próximo numa área industrial com produtos químicos ou com produção de produtos químicos ou usam seu processo industrial produtos químicos com risco de acidentes, não é recomendável que essa área da prainha seja utilizada para área de lazer e cultural”, segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, em entrevista ao programa Baiana no Ar, dessa quinta-feira (19).
Após a polêmica, o prefeito Sargento Francisco retirou de tramitação na Câmara de Vereadores o projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) porque a matéria previa a transformação da Prainha em área industrial.
Em dezembro de 2014, foi publicado no Diário Oficial a Portaria nº 8.917, concedendo permissão prévia para o exercício de atividade portuária no Loteamento CIA, desde que a faixa de areia e mar da Prainha fosse preservada. Já em 2015, por meio do Ofício 04130, adotou a posição da Braskem.
Com informações do A Tarde