Soa no mínimo estranho. O prefeito de Candeias, Sargento Francisco, há quase 4 anos no poder mesmo enfrentando processos de cassação e com uma das piores administrações da cidade em todos os tempos, vai promover duas reuniões com os servidores e funcionários da Prefeitura.
Essa prática foi semelhante a do então prefeito-candidato em 2012 indo aos locais de trabalho para prometer grandes avanços para os servidores nos próximos anos.
De lá para cá, o salário base do servidor foi reajustado em 80,79% e o salário mínimo em 72,55%, um ganho real de apenas 8,24% pontos percentuais, e a receita cresceu de R$ 169 milhões em 2011 para R$ 276 milhões em 2015, um acréscimo de 63,32%. Mas, com um detalhe relevante: foram criadas secretarias (4), subsecretarias (10) e mais 731 cargos comissionados, ou seja, 1 a cada 2 dias.
Leia Também
Hoje, o salário base do servidor efetivo é de R$ 922,04.
A despesa com cargos comissionados, que eram 1.047, de junho de 2012 até março de 2016, quando passou para 1.778, cresceu 108,35%, de R$ 1.234.799,00 (um milhão, duzentos e trinta e quatro mil reais) para R$ 2.572.685,00 (dois milhões quinhentos e setenta e dois mil reais).
Apesar do aumento das despesas com pessoal comissionado, as condições de trabalho continuam degradadas: salas sem pintura, sem ar-condicionado, muitas vezes falta água potável, material de escritório e cortam o serviço de telefone.
Para a primeira, no próximo dia 7, terça-feira, estão “convocados” os funcionários nomeados e contratados, os que dependem da caneta do “chefe” para continuar trabalhando.
Para a segunda, no dia 14, foram “convocados” os servidores efetivos, aqueles concursados que têm estabilidade no emprego.
As reuniões, no Espaço Global, no bairro da Pitanga, às 14h, estão sendo convocados através de oficio encaminhados às secretarias, às diretorias e às chefias que verbalmente convidam os subordinados.
Em 41 meses do segundo mandato, é a primeira vez que o “alcaide” convoca os servidores e funcionários para uma reunião, coincidentemente num ano de eleitoral, e mais ainda, quando a avaliação deste segundo mandato é a pior possível.
Em pesquisas internas, tanto os líderes da situação como da oposição, sabem da péssima avaliação da atual administração que adotou medidas extremamente antipopulares, como o fechamento do Posto Luiz Viana e o abandono das obras das Casas do Sarandi, da duplicação do Viaduto da Nova Brasília e da creche da Nova Candeias.