Mais de 13 anos se passaram desde que devotos e admiradores se reuniram na Orla de Caboto, em 2 de fevereiro, para celebrar Yemanjá, uma das divindades das religiões de matriz africana.
Neste ano, a tradição se manteve viva. Desde cedo, simpatizantes e fiéis encheram as ruas do distrito, vestidos de azul e branco, para homenagear a rainha das águas. Os presentes foram depositados no barracão dos pescadores, em uma atmosfera de devoção e fé.
Mãe Cristina, participante do rito espiritual há mais de duas décadas, expressou sua reverência à deusa protetora: “Yemanjá, nossa mãe D’água, nos guia para o caminho do bem e nos protege. É algo sagrado, uma questão de fé”, afirmou.
No final da tarde, os presentes principais foram levados do barracão. Uma alvorada de fogos marcou o início do cortejo das oferendas para a Casa da Rainha do Mar. No trajeto, os seguidores entoavam cânticos e dançavam em preparação para o envio dos balaios, em um cortejo marítimo pela Baía de Todos os Santos. Diversos itens, como flores, perfumes e adereços, foram deixados em honra à deusa das águas.
A festividade, organizada pela Prefeitura de Candeias, se estendeu até a noite, com apresentações musicais de QR4, No Komando e Anastácia Roots.
Este ano marca o 103º aniversário da celebração, que teve início em 1923 na Praia do Rio Vermelho, em Salvador, quando 25 pescadores ofertaram presentes à mãe das águas em busca de fartura e prosperidade.
A tradição perdura, e a devoção a Yemanjá continua a reunir multidões, demonstrando a importância e a fé que permeiam essa celebração secular.
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