o dia 21 de abril de 2018, o artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos, conhecido como “Nadinho”, foi morto a tiros durante uma ação policial dentro de seu ateliê no bairro do Santo Antônio, em Candeias. Cinco anos após o crime que chocou a Bahia, a família do artista ainda busca por justiça e não se conforma com a impunidade dos responsáveis.
Em um vídeo emocionante divulgado nas redes sociais, os filhos de Nadinho protestam e relembram a arte e a bondade do pai: “sua arma era o respeito”, “sua arma era o cuidado”, “sua arma era o amor”, “sua arma era o pincel”. Para a família, a memória de Nadinho deve ser mantida viva e o caso deve ser lembrado como um exemplo da violência policial e da impunidade no Brasil.
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Segundo relatos de familiares, no dia do crime, os policiais chegaram ao local já atirando, sem dar a Nadinho a chance de se defender ou explicar a situação. O artista morreu após ser atingido por um único tiro, que atravessou o lado direito das costas e saiu pelo lado esquerdo. A Polícia Militar informou, por meio de nota, que foi instaurado um procedimento disciplinar que está suspenso por determinação judicial. No entanto, os PMs suspeitos do crime continuam trabalhando, realizando serviços internos pela instituição.
Para os familiares de Nadinho, a dor da perda é constante e a busca por justiça é incansável. “Quando fui escolher o caixão do meu pai, eu prometi que iria buscar justiça até o último dia de minha vida. É uma dor sem fim”, lamentou uma das filhas. A família espera que o caso seja reaberto e que os responsáveis sejam punidos pela morte de um artista talentoso e querido pela comunidade.