“Em caso de suspeita, o paciente deve procurar imediatamente a unidade de saúde do seu bairro”, orientou a coordenadora Girlene Brito.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, de janeiro a junho deste ano a Bahia sofreu um aumento progressivo nas notificações dos casos de suspeita de dengue (50.893), febre chikungunya (9.312) e zika (34.518). Em Candeias, a Secretaria Municipal da Saúde informou que foram notificados 46 casos suspeitos de dengue, – sendo 06 confirmados, 20 descartados e 20 aguardando resultado, – 03 de chikungunya – sendo todos descartados, – e 163 de zika, que após análise laboratorial não houve identificação do vírus.
Porém esse quantitativo pode não revelar a realidade, de acordo com a Vigilância Epidemiológica do Município. É que para obter esses números o paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima, para que o caso suspeito seja notificado. “Neste ano tivemos um agravo com o aparecimento da zika e muitas pessoas não têm procurado ajuda médica, o que dificulta a identificação dos casos,” comentou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Girlene Brito.
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Outro problema que surgiu junto com os casos suspeitos de zika foi o grande movimento na UPA – Unidade de Pronto Atendimento da cidade. “Há outro grande número de pessoas que, ao invés de procurar atendimento nas unidades de saúde do bairro ou distrito, estão indo para a UPA, que é uma unidade mais complexa. Se os sintomas estiverem com intensidade moderada e se o paciente gozar de boa saúde geral, ou seja, se não tiver outras doenças, é aconselhável que ele procure inicialmente o posto de saúde mais próximo para que o médico possa lhe avaliar e acompanhar ou, se necessário, lhe indicar para uma unidade mais avançada”, explicou Brito.
Por que notificar?
A falta de notificação do tríplice arbovirose gera dificuldade para a Vigilância Epidemiológica executar a prevenção e o controle dessas pragas virais. Por isso, pessoas com pelo menos alguns dos sintomas de qualquer uma das doenças deve procurar a unidade de saúde mais próxima porque só assim seus casos serão registrados e monitorados.
Prevenção e combate em casa
Para que os mosquitos aedes aegypti e aedes albopictus contaminados não gerem transtornos à saúde, é fundamental que a população se mobilize e ponha em prática as ações de prevenção e de combate, recebendo o agente de combate às endemias em suas casas (devidamente fardados, identificados e com materiais de trabalho correspondentes), não deixando água parada em qualquer tipo de recipiente, não descartando lixo e entulho fora dos pontos de coleta e informando os casos suspeitos nas unidades de saúde mais próximas.
A comunidade também pode contribuir para a saúde coletiva informando à Vigilância Epidemiológica a existência de casas ou locais com risco de proliferação do mosquito (com tanques destampados, água parada, armazenamento inadequado de lixo, presença de pneus, garrafas destampadas e outros objetos que possam acumular água). Para esse tipo de notificação, o cidadão pode ligar para (71) 3605-1111 ou 3605-2220.
Para saber mais sobre dengue, chikungunya e zika, como sintomas e diferenças entre elas, clique no link: http://migre.me/r1sq2