Uma manifestação programada para este sábado, 03/10, a partir das 8h, com concentração na Praça Irmã Dulce, Centro da cidade, vai denunciar o que vem acontecendo com o atendimento à saúde no município que tem a 6ª arrecadação da Bahia (R$ 161 milhões até agosto de 2015), a situação nos Postos de Saúde da Família, nas UBS – Unidades Básicas de Saúde – e as demissões com redução do quadro de médicos no Hospital Ouro Negro, que está sendo considerado a precarização de um serviço público essencial.
Foram afastados médicos especialistas e contratados “generalistas”. Um médico deverá fazer o trabalho em 4 especialidades.
A manifestação tem a convocação de entidades da sociedade civil candeense, de lideranças e apoio dos vereadores Dr. Pitagoras e Rita Loira, ambos de oposição, que denunciam a situação há anos.
Que o atendimento nos postos em condições precárias e em reformas que duram mais de um ano era ruim todos sabiam, mas não podiam imaginar que mais medidas drásticas para a qualidade seriam adotadas.
Em março de 2014, a Prefeitura decidiu fechar o atendimento de urgência e emergência alegando falta de recursos financeiros, o que causou transtornos enormes à população de baixa renda e indignação à maioria dos moradores transferindo para o Hospital e a UPA, distante 5 km do Posto e em local de difícil acesso.
A Multiclinica não cumpre a função, pois, segunda a própria secretária da Saúde, Iolanda Almeida, falta estrutura. As consultas são marcadas a perder de vista.
No mês passado, numa decisão até agora inexplicável, a Direção do Hospital Ouro Negro demitiu 12 médicos e contratou apenas 10.
A unidade é administrada pelo Centro Médico Aracaju – CMA – que recebe aproximadamente R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais) por ano e, toda semana ou todos os dias nas redes saciais e na mídia, não são poucas as reclamações quanto à ausência de médicos e demais profissionais, como enfermeiros e técnicos de enfermagem. A espera pelo atendimento chega as vezes a 3h.
Em 2103, o Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou as contas do Sargento Francisco justamente por “irregularidades” na administração da saúde quando o Instituto Médico Cardiológico da Bahia – IMC – era quem tinha contrato com a Prefeitura (R$ 18.000.000,00). E a Coopersaude, que recebia R$ 12.000.000,00 (doze milhões por ano) era responsável pelos PSF’s.