Mãe acusa funcionária da Riachuelo de discriminar criança com autismo

Por Redação
5 Min

A mãe de um menino com autismo disse que uma funcionária da Riachuelo em Feira de Santana (BA) a tratou de maneira discriminatória ao não querer atendê-la.

O que aconteceu:
A mãe diz ter sofrido discriminação por parte de uma funcionária da loja no Boulevard Shopping, em Feira de Santana (BA). Em vídeo publicado nas redes, ela protesta contra o atendimento recebido por uma funcionária da loja.

No vídeo, a mulher diz que foi ao caixa preferencial, mas que a funcionária a direcionou a outro caixa pela dificuldade do atendimento com a criança: "Não me passe essas bombas não", teria dito a funcionária da loja.

A mãe pede respeito às pessoas com deficiência, e é aplaudida por outros clientes na loja: "Exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil."

Em nota publicada nas redes sociais, a Riachuelo disse que "lamenta o ocorrido" e que a funcionária foi demitida. Leia a nota na íntegra:

Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas.
O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo.
A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas.
Reforçamos nossos compromissos constante com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.
Riachuelo, em nota nas redes sociais

Ex-funcionária de loja diz que termo bomba se refere a cartões e nega ter se referido a criança autista.

A ex-funcionária, por sua vez, afirma que não estava se referindo à criança, mas ao fato de a colega ter passado uma cliente que não estava usando cartão da loja, mas sim de terceiros, e que segundo ela, é chamado de bomba, um tipo de jargão interno.

“Eu sou operadora de caixa lá há mais de um ano. A situação ocorreu porque uma colega minha do trabalho, Tati, passou essa cliente preferencial para mim lá na ponta, sendo que ela não me explicou o que estava acontecendo com a cliente. Ela simplesmente jogou no meu caixa para eu passar. E eu perguntei, Tati, por que você está passando essa cliente para mim? E ela simplesmente me deu as costas e saiu. Até então eu atendi a mãe e a criança super bem e em nenhum momento eu destratei ela. Quando ela saiu do meu caixa eu virei para Tati. E eu falei, Tati, não traga mais essas bombas”, contou a operadora.

Ela continua o pronunciamento explicando o que quer dizer o termo bomba.

“Bombas, lá na Riachuelo a gente quer dizer cartão de terceiros. A gente não está se referindo ao cliente, a gente não está se referindo a ninguém. A gente está se referindo a cartão, porque lá dentro da empresa, todas as Riachuelos trabalham com metas. Se a gente passa um cartão Riachuelo a gente fica dentro da meta. Se você passa um cartão de terceiro, que não seja da loja, sua P.A. cai. E, por Tatiana trazer essa cliente pra mim com cartão de terceiro, eu achava que ela estava querendo passar o terceiro para mim e ficar com a P.A. E eu, por isso, interroguei a Tati, por que você está passando essa cliente pra mim? Em nenhum momento eu referi que a cliente era uma bomba, que a criança dela era uma bomba. Até porque eu não sabia que a cliente dela, a criança dela, tinha problema de autismo”, declarou.

Por fim, a ex-funcionária da loja de departamento disse que está passando dificuldades porque o marido dela está desempregado e que foi acusada injustamente.

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