Segundo informações do site Madre sem Média, a falta de pagamento dos salários levou os funcionários da empresa Caaba Engenharia, contratada pela prefeitura de Madre de Deus para realizar reformas nas Escolas Luís Eduardo Magalhães, Nossa Senhora Madre de Deus e Maria Guarda, a paralisarem suas atividades na manhã desta segunda-feira (3).
Além dos atrasos salariais, os trabalhadores afirmam que seus salários foram reduzidos em até 50%. Eles também reclamam que a empresa não cumpre os prazos de pagamento estabelecidos.
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Miguel Bartolomeu, representante do Sindicato dos Trabalhadores (SITICCAN), declarou que o salário deveria ter sido pago na última sexta-feira (30), mas houve pendências que serão resolvidas hoje, de acordo com as informações obtidas pelo Madre sem Média. Em relação ao retorno das atividades, Bartolomeu informou que estas já foram normalizadas.
A reportagem do Madre sem Média tentou entrar em contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura, porém, assim como nas ocasiões anteriores, não obteve resposta.
Contrato polêmico para a reforma das escolas
Segundo o site Madre sem Média, a empresa Caaba Engenharia foi apontada como vencedora da licitação, sendo anunciada como tal 15 dias antes da abertura dos envelopes. Ela conquistou o contrato milionário para a reforma de três escolas e da biblioteca que se encontra no mesmo prédio da Escola Luís Eduardo Magalhães.
De acordo com o documento, a empresa ganhou os dois lotes, totalizando mais de R$ 7,3 milhões. Apesar do edital destacar que, mesmo apresentando o menor preço para ambos os lotes, só poderia ser considerada vencedora em um deles.
A reforma da Escola Luís Eduardo Magalhães, localizada no mesmo prédio da Biblioteca Municipal, custará ao município o valor de R$ 3.605.675,12 (três milhões, seiscentos e cinco mil, seiscentos e setenta e cinco reais e doze centavos), referente ao Lote 1.
Já o Lote 2, destinado à reforma das escolas Nossa Senhora Madre de Deus e Maria Guarda, tem o valor estipulado em R$ 3.717.389,63 (três milhões, setecentos e dezessete mil, trezentos e oitenta e nove reais e sessenta e três centavos).
A reportagem encaminhou as denúncias ao Ministério Público da Bahia (MP/BA), que está investigando possíveis indícios de “carta marcada”.