O retorno dos trabalhos legislativos da Câmara de Vereadores do município de Madre de Deus vai ser bastante movimentado com a possível eleição para escolha da nova mesa diretora. A sessão ordinária que está marcada para amanhã (5), pode não contar com a presença dos vereadores que se recusam a participar por conta da situação do presidente da Casa, vereador Jailton Polícia (SD) que pode ser destituído do cargo.
“Se o presidente diz que amanhã vai ter sessão, ele precisa ver qual dos vereadores senta para ser primeiro e segundo secretários. O presidente foi eleito por unanimidade, mas ele não tem habilidade para conduzir a Casa. Em determinados momentos, a Casa ficou à toa durante 3 e 4 semanas sem nenhum gestor, sem ele aparecer”, disse o vereador Marden Lessa, em entrevista ao programa Baiana Livre desta terça-feira (4).
Nos últimos dias, a mesa diretora, composta pelo vice-presidente, vereador Pastor Melk (PSC), primeiro secretário, vereador Adenailton Kikito (PPS) e pela segunda secretária, vereadora Cláudia Copque (PSB), renunciou aos cargos. Por conta dessa situação, a permanência do vereador Jailton Polícia (SD) na presidência está ameaçada, já que o regimento interno solicita a convocação de nova eleição. O presidente chegou entrar com o mandado de segurança para impedir a realização da eleição nesta quarta-feira.
“A Câmara é regida pela mesa e não só pelo presidente. O vereador Jailton, infelizmente, não entende isso. Ele acha que ele é presidente, mesmo com toda a mesa ter renunciado. Não existe mesa diretora da Câmara. A mesa não pode ser composta por dois substitutos e um titular. Infelizmente, os vereadores não entendem isso”, explicou a assessora jurídica da Câmara, Janete Cotula.
Boicote
Outro fato que chamou atenção foi o corte dos cabos de energia do prédio na Câmara. Há quem diga que o ocorrido tenha sido proposital para impedir o pleito interno. Os vereadores Marden Lessa e assessoria jurídica afirmaram que irão ao Ministério Público e que são alvos de boicote e perseguição por parte do presidente. Procurado para falar sobre o corte na energia, Jailton explicou que o procedimento foi feito para realização da manutenção da rede elétrica do local.
Críticas
Durante entrevista ao programa Baiana Livre, o vereador Marden Lessa questionou o papel exercido pelo presidente, já que com a saída da mesa, o vereador fica impossibilitado realizar as atividades referentes a função, como autorizar a manutenção da rede elétrica e obras na estrutura física da Casa que está orçada em R$ 147 mil. “Porque essa a obra continua acontecendo, desde quando o presidente não pode ser mais responsável por nenhum ato da mesa, já que a mesa foi desfeita?”, perguntou.
O vereador ainda disse que os colegas decidiram renunciar pela falta de participação da mesa nas decisões da casa. O real motivo da renúncia foi por conta de que os vereadores não ser co-participe da gestão”, afirmou.
Sobre a sua situação na Câmara, o vereador Jailton Polícia não quis comentar.
BaianaFm