A morte de macacos é um sinal forte do surto da doença. Quando infeccionados, os macacos sentem os mesmos sintomas dos seres humanos. No entanto, possuem um sistema imunológico menos eficaz para combater a doença.
A Secretária Estadual de Saúde (Sesab) confirmou a informação. No entanto, não quis falar mais sobre o assunto. A justificativa para tanto é que “uma coletiva de imprensa será realizada às 15h (auditório do Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz (LACEN), no Candeal), onde o tema será abordado com maior profundidade”.
Na ocasião, estarão presentes o subsecretário de Saúde do Estado e infectologista, Roberto Badaró, e o gestor municipal da pasta, José Antônio Rodrigues Alves. Os gestores tentarão tranquilizar a população para que não provoque, nas primeiras 48 horas, uma corrida desenfreada aos postos de saúde. Além disso, o “pânico” não deflagre mortes em série de macacos na cidade.
Em nota publicada na coluna Satélite, do jornal Correio, há informação de que “diante dos sinais de avanço do vírus, o subsecretário da Sesab, Roberto Badaró, já havia visitado na semana passada o Ministério da Saúde, em Brasília, e pedido apoio para iniciar, o quanto antes, um plano de cobertura vacinal contra febre amarela na cidade. De imediato, foram disponibilizadas as primeiras 400 mil doses para Salvador”.
A Sesab deve confirmar na coletiva, os resultados dos testes realizados no corpo do macaco por pesquisadores do Laboratório Central Professor Gonçalo Muniz (Lacen). Eles identificaram a presença do vírus transmitido por mosquitos. Este seria o terceiro animal oficialmente infectado pela doença no estado desde o registro de dezenas de casos no Espírito Santo e Minas Gerais, que fazem divisa com a Bahia.
O público-alvo da imunização contra febre amarela vai ser anunciado na coletiva desta tarde. A princípio, estão excluídas gestantes, recém-nascidos com até 6 meses de vida, idosos, pacientes imunodeprimidos, a exemplo de portadores de HIV e de enfermidades que debilitam o sistema imunológico, e pessoas com vacina válida, de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde.
À coluna Satélite, fontes do ministério em Brasília teriam revelado que “serão enviadas em caráter emergencial outras 1,6 milhões de doses para Salvador. Técnicos do órgão estimam que o número é mais que suficiente para criar uma barreira de controle epidemiológico na capital”.
Por Diego Adans/ Aratu Online