Um cobrador de ônibus que atua no consórcio Integra Salvador, responsável pela prestação de serviços de transporte urbano, na capital baiana, é acusado de ter desrespeitado e praticado crime de homofobia, na tarde desta quarta-feira (24/10), contra um passageiro, durante o trajeto da linha Nordeste de Amaralina/Campo Grande R1.
A denúncia é do jornalista Arlon Souza, que alega ter sido agredido pelo rodoviário, por motivo fútil. “Ele não tinha troco em moedas para me dar e eu, me valendo da Lei do Troco Máximo Obrigatório, exigi o troco e ressaltei que isso vem ocorrendo diariamente nos ônibus de Salvador”, relatou.
Ainda de acordo com o jornalista, após sua reclamação, o cobrador lhe chamou de “viadinho” e disparou em seguida: “Bolsonaro vem aí”, acrescentou. A situação teria acontecido, por volta das 15h40, dentro do coletivo de número de ordem 10873, no momento em que trafegava em frente ao Teatro Castro Alves.
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A ocorrência foi registrada pelo denunciante na Integra Salvador. Indignado, o jornalista contou que o cobrador, por diversas vezes, debochou de sua pessoa e disse que quando ele voltasse a pegar o ônibus levasse o valor exato da passagem: R$ 3,70.
POSICIONAMENTO DA INTEGRA
Em contato com o diretor de Relações Institucionais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Jorge Castro, o Aratu Online foi informado que a empresa Consórcio Salvador Norte (CSN), responsável pelo coletivo envolvido na situação, já está ciente da reclamação protocolada pelo denunciante.
Segundo Castro, o caso vai ser apurado hoje e o procedimento interno deve constar de análise das imagens da câmera de segurança mais o depoimento do cobrador sobre a situação. Até o momento, porém, não é possível um posicionamento da empresa.