Mais de 60% dos atendimentos no Carnaval de Salvador foram de crise de ansiedade

Por Redação
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A maioria dos atendimentos em módulos de saúde mental instalados nos circuitos de Salvador durante o carnaval para atender aos foliões foi de transtorno de ansiedade (67%), segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgados nesta quarta-feira (14).

Dos mais de 300 foliões que receberam assistência especializada, entre sexta-feira (09) e terça-feira (13), 35% dos atendidos relataram consumo de álcool e outras drogas e 4% transtornos psicóticos.

Desse total, apenas 9% (28) necessitaram de transferências. O perfil de usuários foi caracterizado por adultos (88%), predominantemente do sexo feminino (66%). Com relação aos tipos de casos, a maioria envolveu transtornos ansiosos (67%), consumo de álcool e outras drogas (35%) e transtornos psicóticos (4%). Do total de atendidos, apenas 9% (28) necessitaram de transferências.

IST’s

Nos módulos Fique Sabendo foi registrado um aumento de mais de 25% nas testagens em comparação com o Carnaval de 2023. Foram contabilizados 1.456 usuários do serviço, sendo 771 do sexo masculino e 685 do sexo feminino; 5.824 testes para ISTs com 30 casos positivos para HIV, 208 reagentes de sífilis e 14 casos de hepatite. Dentre os 208 positivados para sífilis, 60 aceitaram iniciar o tratamento com a aplicação de penicilina.

Durante a folia, foram distribuídos 770 mil preservativos em Módulos da Saúde, além de parcerias realizadas com ONGS, hotéis, Táxis e Ministério da Saúde. A distribuição teve um aumento de 115% em comparação ao ano anterior.

As equipes de saúde prestaram mais de 270 atendimentos aos catadores de materiais recicláveis no Catafolia, em parceria com a Sempre. A ação contou com serviços de avaliação clínica, aferição de pressão arterial e glicemia, além da realização de procedimentos curativos e prescrição de medicamentos. Foram feitos ainda 139 testes para ISTs, além de distribuição de protetor solar.

Salvador Acolhe

No serviço Salvador Acolhe, as equipes de saúde prestaram atendimento clínico a mais de 330 pessoas, além de 1,4 mil procedimentos odontológicos em 458 crianças, nos cinco dias oficiais da folia.

Seis equipes realizaram 301 atendimentos bucomaxilofaciais nos três principais circuitos da folia. A maioria dos casos foi registrado na região da Barra/Ondina, sendo as fraturas de nariz, mandíbula e do complexo zigomático as principais demandas de atendimento.

Saúde no trabalho

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) prestou assistência a 21 mil profissionais temporários nos seis dias de folia. Além disso, inspecionou 39 blocos; 13 foram notificados por irregularidades no fornecimento de águas e alimentos. As equipes realizaram busca ativa para orientar sobre condições seguras de trabalho, higiene e alimentação. Através do Cerest, 23 crianças foram retiradas de situação de trabalho infantil para serem encaminhados aos cuidados da Sempre. Em relação aos acidentes de trabalho durante a folia, o Cerest investigou 87 ocorrências envolvendo traumas, ferimentos e queimaduras, entre outros.

Vigilância

A Vigilância Sanitária realizou mais de 14,3 mil ações de fiscalização e inspeção, reforçando todo trabalho educativo com os vários setores da folia como camarotes, baianas de acarajé, fábricas de gelo e barraqueiros. A maior parte das vistorias foi em comércios informais (12.078), seguida por camarotes (1.489) e comércios formais. Além disso, carros de apoio (194) e trios (26) também foram inspecionados.

A Vigilância em Saúde Ambiental (Visamb), que monitorou a qualidade da água nos circuitos oficiais, realizou 203 coletas, totalizando 1.218 análises de parâmetros de potabilidade da água consumida no Carnaval. Apenas três estabelecimentos foram notificados para correção dos padrões, e não houve interdições.

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