Edson Ribeiro foi preso na manhã desta sexta-feira (27) no Aeroporto Internacional do Galeão. Ele era procurado desde a operação que prendeu o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira, e o banqueiro sócio da BTG Pactual, André Esteves, deflagrada dois dias antes.
Ribeiro teve a prisão autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira (25). Ele é acusado de ajudar Delcídio no plano de prejudicar o acordo de delação premiada feito por Cerveró com a Justiça.
Primeiro senador preso no exercício do cargo
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Um choque para o Poder, Delcídio do Amaral foi preso por policiais federa no hotel onde vive em Brasília, o mesmo onde o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula havia sido detido na véspera, também como parte dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Foi a primeira vez que um senador da República é preso no exercício do cargo.
Além do senador, foram presos o chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira Rodrigues e o banqueiro André Esteves, presidente-executivo e dono do banco BTG Pactual.
O Partido dos Trabalhadores e os advogados afirmaram que ainda não tinham um posicionamento oficial a respeito da prisão de Amaral até a publicação desta matéria. A assessoria do BTG não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito por e-mail.
Fontes ouvidas pela reportagem, no entanto, afirmam que as lideranças do partido estão perplexas e a militância pressiona para uma atuação enérgica e contundente contra Amaral caso os crimes sejam confirmados.
O governo também foi pego de surpresa e estaria assustado com a prisão do aliado. A tendência é de que a sigla aplique punição exemplar contra o senador, o que poderia levar à sua expulsão, caso seu envolvimento seja comprovado, segundo uma fonte. O presidente do PT, Rui Falcão, que está em Brasília, não foi encontrado para falar sobre o assunto.