A taxa de juros do cartão de crédito continuou em disparada e bateu 415,3% ao ano no rotativo em novembro – o que representou um aumento de 10,1 pontos percentuais (pp) em relação a outubro e de 83,7 pp no acumulado do ano, segundo relatório do Banco Central (BCB).
Quando se considera pagamento parcelado do cartão e à vista, o percentual médio subiu para 99% por ano – o patamar mais elevado da série histórica do banco, iniciada em março de 2011. O custo do cheque especial também subiu e atingiu 284,8% ao ano – o que representa alta de 6,7 pp entre outubro e novembro e de 93 pp em 12 meses. É a maior taxa desde maio de 1995, quando era de 286,2%, de acordo com o BC.
Já a taxa do crédito pessoal ficou em 120,4% ao mês, caindo em relação a outubro, mas com alta de 18,5 pp em um ano. Apesar disso, os juros dos empréstimos concedidos a pessoas físicas e jurídicas ficaram praticamente estáveis em novembro, em 30,4% ao ano – com pequena redução de 0,1 ponto percentual na comparação com o mês anterior. O mesmo aconteceu com os spreads (diferença entre o custo de captação dos bancos e o valor cobrado dos tomadores na ponta), que ficaram em 19,4%, em média. Já a taxa de inadimplência subiu 0,1 ponto percentual, atingindo 3,3%.
A proporção de famílias que relataram ter dívidas com cheques pré-datado e especial, cartão de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal e prestação de carro e seguro alcançou 61,1% este mês – leve alta em relação aos 61% observados em novembro e aumento maior em comparação com os 59,3% registrados no mesmo período do ano passado.