O governo vai insistir na proposta que fará as mulheres trabalharem mais cinco anos, tendo o mesmo tempo de contribuição que os homens, para se aposentar pelo INSS. Além disso, a ideia é estabelecer também algum tipo de mecanismo que fixe uma idade mínima para concessão de aposentadorias por tempo de contribuição para ambos os sexos. As possibilidades de mudanças estão em estudo e fazem parte da proposta de reforma da Previdência que será encaminhada ao Congresso no ano que vem.
Os assuntos foram discutidos pela presidente Dilma Rousseff em reunião com os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão. A idade mínima pretendida seria de 65 anos para homens e mulheres para concessão do benefício por tempo de contribuição, igualando o tempo de trabalho com carteira assinada para trabalhadoras e trabalhadores. Atualmente, não há idade mínima, e as mulheres precisam contribuir por 30 anos e os homens por 35 anos.
O governo quer negociar a proposta de reforma com a sociedade. Os debates devem ocorrer no ano que vem em reuniões do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, que tem a participação de representantes do Executivo, empresários, trabalhadores e aposentados. O último encontro do fórum, em 15 de dezembro, não tratou da reforma. Foram abordadas apenas propostas para retomada do crescimento.
Igualar a idade mínima da mulher ao mesmo período do homem para que possam se aposentar era proposta defendida pelo então ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pelo estudo, as mulheres teriam que trabalhar mais e tanto quanto os homens para ter a concessão da aposentadoria tempo de contribuição.