Marqueteiro deve voltar e se apresentar à PF

Por Redação
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Na República Dominicana trabalhando na campanha eleitoral de Danilo Medina, que é candidato à reeleição para presidente no país, o marqueteiro João Santana embarca em um avião para o Brasil ainda nesta segunda-feira (22) para se entregar à Polícia Federal. Ele é o principal nome envolvido na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé.

Marqueteiro das campanhas que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff à Presidência da República, respectivamente, em 2006, 2010 e 2014, Santana é acusado de receber US$ 3 milhões em propina de uma offshore comandada pela Odebrecht. Documentos obtidos pela investigação mostram que o dinheiro foi enviado a uma conta secreta do marqueteiro na Suíça.

Pagamento

João SantanaO marqueteiro João Santana, que fez campanhas para o PT, recebeu US$ 7,5 milhões em contas no exterior, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Investigadores suspeitam que ele foi pago com propina de contratos da Petrobras.

Santana teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. Representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, o engenheiro foi preso na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (22). Ele é apontado como operador do esquema.

“Há o indicativo claro que esses valores têm origem na corrupção da própria Petrobras. É bom deixar isso bem claro, para que não se tenha a ilusão de que estamos trabalhando com caixa 2, somente”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

Segundo Filipe Pace, delegado da PF, “João Santana e Monica [a mulher], especificamente no caso de Zwi Skornicki, tinham conhecimento, e tudo leva a crer, da origem espúria do recurso. Até pelo método, utilização de contas para recebimento de recursos e celebração de contatos ideologicamente falsos.”

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