Remédios sobem mais que a inflação

Por Redação
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O governo federal autorizou, por meio de uma publicação no Diário Oficial, um aumento de até 12,5% no preço de remédios. É a primeira vez em mais de dez anos que o aumento fica acima da inflação. A inflação oficial foi de 10,36% nos 12 meses terminados em fevereiro.

O reajuste vale para remédios vendidos com receita. São cerca de 23 mil, segundo estimativas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O aumento não vale para os produtos de venda livre, como remédios para dor, febre, resfriado ou má digestão, por exemplo. Eles não têm o preço controlado pelo governo, já que há grande concorrência no mercado.

Os fabricantes podem aplicar o aumento a partir desde sexta-feira (1º). Segundo a Interfarma, que representa a indústria farmacêutica, normalmente leva de dois a três meses até que a alta chegue a todas as farmácias e a todos os remédios.

Governo mudou cálculo do reajuste

As regras para o reajuste de preço dos remédios foram criadas em 2003. Uma vez por ano, no dia 31 de março, o governo anuncia o limite máximo autorizado para o reajuste.

No ano passado, o governo anunciou que havia mudado a forma de calcular esse limite. Além da inflação, a conta considera a produtividade da indústria, os custos do setor (inclui variação do dólar e conta de luz, por exemplo) e o nível de concorrência.

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