Incêndios no Pantanal: Brigadas abrem trincheiras para conter as chamas

Por Redação
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Os brigadistas do Instituto Chico Mendes e os bombeiros militares da Força Nacional estão empenhados no combate a dois focos de incêndios florestais no interior do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense. A preocupação das equipes é evitar que os incêndios se alastrem para áreas de campo na unidade de conservação, onde as linhas de fogo se tornam mais extensas e difíceis de controlar. Atualmente, os dois focos estão sendo monitorados e vigiados de perto.

Uma equipe composta por sete combatentes iniciou ontem o combate ao segundo foco de incêndio ativo em um “corixo” na região central do Parque Nacional. Eles se deslocaram da sede da unidade de conservação pela manhã, utilizando um helicóptero do Exército Brasileiro, e passaram a noite na área, trabalhando no combate direto e indireto às chamas.

Entre segunda-feira e terça-feira, as equipes também combateram outro foco de incêndio na região central do parque, que agora se encontra em fase de monitoramento e vigilância, com uma equipe de quatro brigadistas permanecendo no local para evitar novas ignições. As equipes têm se revezado em turnos de 24 horas para manter a vigilância e prevenir novos focos de incêndio.

As baixas temperaturas causadas pela chegada de uma frente fria na região do Pantanal, apesar de facilitarem as condições para o combate ao fogo, representam mais um desafio para os brigadistas, que precisam pernoitar em barracas em áreas onde o frio é intenso. Durante as operações, os brigadistas se alimentam com kits de rações de combate fornecidos pelo Exército Brasileiro.

O incêndio atual no Parque Nacional teve origem natural, causado por um raio, e começou em outubro do ano passado. Mesmo que tenha sido controlado no final de 2023, o fogo permaneceu adormecido no subsolo e tem reaparecido em algumas ocasiões. Com a chegada do tempo seco nos meses de maio e junho deste ano, o fogo se propagou atingindo o leito seco dos corixos, alcançando uma estimativa de mais de 12 mil hectares na unidade de conservação.

Na última terça-feira, um voo de reconhecimento foi realizado em um helicóptero da Marinha para avaliar a situação do incêndio no Parque Nacional. As informações coletadas durante o voo permitem um melhor planejamento das atividades de combate em solo, visando os resultados esperados e a segurança das equipes em campo. Um novo voo de reconhecimento está previsto para hoje.

Apesar dos esforços realizados no combate ao incêndio na região nordeste do Parque Nacional, o fogo acabou atingindo parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural Dorochê na última segunda-feira. Com as baixas temperaturas dos últimos dias, a intensidade do incêndio diminuiu no local, mas o Comando do Incidente continua monitorando a área devido à possibilidade de focos latentes que podem reacender posteriormente.

O Chefe de Operações do Sistema de Comando de Incidente da Operação Pantanal Norte 2024, Rodrigo Amaral, ressalta a importância do monitoramento e vigilância contínuos dos focos de incêndio mesmo após o combate. Ele destaca a dinâmica do fogo e a necessidade de um trabalho criterioso para evitar novas reignições, especialmente em áreas como o Pantanal, onde o solo de turfa torna o combate mais complexo.

As equipes seguem empenhadas no combate aos incêndios florestais no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, trabalhando incansavelmente para proteger essa importante área de conservação da biodiversidade brasileira. A colaboração entre os brigadistas, bombeiros e demais instituições envolvidas é fundamental para garantir o sucesso das operações e a preservação desse patrimônio natural tão importante para o nosso país.

Com informações da Agência Gov

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