O Ministério da Saúde está empenhado em reduzir as taxas de mortalidade materna, neonatal e infantil no Território Yanomami, localizado na região amazônica do Brasil. Recentemente, 35 profissionais de saúde foram capacitados em diversas áreas, como cuidados com recém-nascidos, reanimação neonatal, transporte adequado, manejo de doenças infantis prevalentes e prevenção de complicações pós-parto.
Com essa qualificação, o território Yanomami agora conta com 70 profissionais aptos a lidar com emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária indígena. Além disso, o Ministério da Saúde distribuiu kits de equipamentos essenciais, como o traje antichoque e de reanimação neonatal.
O treinamento envolveu médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais da rede local que atuam em diferentes unidades de saúde na região. As principais causas de mortalidade materna na região incluem hemorragias pós-parto, infecções puerperais e eclâmpsia, enquanto a mortalidade infantil está relacionada a causas evitáveis, como asfixia, pneumonias e doenças respiratórias.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, ressaltou a importância desse projeto para reestruturar as políticas de saúde para os Yanomami, que por anos enfrentaram desafios de assistência. Com a formação adequada e os equipamentos necessários, o objetivo é garantir o cuidado adequado e salvar vidas nessa população.
A médica Ana Paula Pina, do DSEI Yanomami, destacou a importância do treinamento para fortalecer o cuidado materno e infantil na comunidade. Essa iniciativa do Ministério da Saúde é uma resposta a uma demanda urgente do território, que enfrenta desafios de saúde que podem ser melhorados com profissionais capacitados e atualizados.
Além da capacitação dos profissionais de saúde, o Ministério da Saúde divulgou um boletim em agosto com dados sobre a redução da mortalidade no território Yanomami. Houve uma queda significativa no número de óbitos em comparação com o ano anterior, o que demonstra os impactos positivos das ações implementadas na região.
O povo Yanomami possui a maior terra indígena do Brasil, com mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde tem investido em ações para mitigar os impactos do garimpo ilegal na região, aumentando o efetivo de profissionais de saúde, investindo em ações preventivas e garantindo a assistência necessária para combater doenças como a malária e a desnutrição.
Essas iniciativas demonstram o compromisso do Ministério da Saúde em melhorar a qualidade de vida e a saúde da população Yanomami, garantindo cuidados adequados e salvando vidas nesse território tão importante para a diversidade cultural e ambiental do Brasil.
Com informações da Agência Gov