Mais de 40 pessoas já foram diagnosticadas com hepatites virais este ano

Por Redação
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O Dia Internacional das Hepatites Virais, quinta-feira (28), foi marcado por uma ação do programa que trata a doença, em Feira de Santana. De janeiro até junho, foram registrados 42 casos de hepatites virais. O coordenador do programa municipal de hepatites virais, o enfermeiro Mateus Cruz, dá mais detalhes dos casos confirmados da doença. “Nesse período a gente notificou 42 pacientes com o vírus da hepatite B e C. Só que esse número é muito pequeno, pois alguns pacientes não procuram o sistema para fazer exames e investigar se tem o vírus, já que a hepatite é uma doença silenciosa”, afirmou.

De acordo com ele, o tratamento depende da situação de cada paciente, depende do vírus e da quantidade de vírus. O enfermeiro destacou que quem faz esse prognóstico é a equipe médica. “Normalmente há um período de tratamento. Com relação à hepatite C, o tratamento dura 48 semanas. Com a nova medicação que vai chegar, liberada pelo Ministério da Saúde, vamos diminuir para três ou quatro meses. Para a hepatite B, a medicação é basicamente oral e para C é oral e injetável”, informou. Segundo Mateus Cruz, são poucos os casos em que os pacientes desistem do tratamento. “Aqui não tem muita desistência, pois a gente deixa bem claro para nossos pacientes que é importante que eles façam o tratamento e qual a importância da participação deles. Se ele abandonar, pode chegar a óbito”, alertou.
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Mateus Cruz explica o objetivo da ação realizada na quinta-feira (28), onde foram realizadas atividades como palestras, testes rápidos para hepatite B e C, HIV e sífilis, além de vacinação. “O intuito do dia das hepatites virais é divulgar o programa em si e as hepatites que, segundo a organização mundial, cerca de 350 milhões de pessoas possuem o vírus da hepatite B. Baseado também na organização mundial, cerca de 1,5 milhão de pessoas morrem de hepatites virais. Então essa data especial serve para trazer a população ao programa para que tenha conhecimento”, destacou. Ainda segundo o enfermeiro Mateus Cruz, o programa em Feira de Santana trata das hepatites B e C. “A hepatite B é a mais comum pelo fato da via de contágio. Ela pode ser pega pela relação sexual sem preservativo e pelo contato com o sangue, diferente da C que é mais comum o contato pelo sangue”, disse.

A nutricionista Paula Sampaio, que trabalha no programa municipal de hepatites virais, diz que tipo de orientação nutricional que é dada ao paciente que tem a doença. “Em primeiro lugar temos que orientar o paciente em relação à alimentação equilibrada e saudável. Minha orientação nutricional vai mais em cima da escolha dos alimentos mais naturais. Sempre explico aos pacientes que a hepatite ataca o fígado, então tem que ser feita uma alimentação que não vai exigir tanto da função de órgão”, explicou. Dentre as restrições, a nutricionista chamou atenção para os chás. “Eu digo sempre para não usar os chás, pois apesar de ser uma cultura milenar, eles têm suas substâncias e toxinas que vão estimular o fígado a trabalhar, o que pode atrapalhar no tratamento”, esclareceu.
Redação Acorda Cidade

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