O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por orientação médica, não poderá comparecer à Cúpula dos Brics devido a um impedimento temporário para viagens de avião de longa duração. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto no início da tarde deste domingo (20/10). Lula participará da reunião por meio de videoconferência e manterá sua agenda de trabalho normal nesta semana em Brasília.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado para chefiar a delegação brasileira e embarcará na noite deste domingo rumo a Kazan, na Rússia, onde a cúpula dos Brics acontecerá de 22 a 24 de outubro. O encontro tem como objetivo emitir uma declaração intitulada “Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro”, que aborda avanços conquistados durante negociações setoriais.
Esta será a primeira cúpula dos Brics com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o Brics era composto apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante o encontro, os líderes dos 10 países membros discutirão temas globais como a crise do Oriente Médio, operações políticas e financeiras, e receberão relatórios sobre o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e outras entidades do bloco.
Leia Também
Um dos principais assuntos em pauta na reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros, que ampliará a cooperação do bloco com outros países. O Brasil assumirá a presidência do Brics em 2025 e tem a tradição de realizar presidências produtivas e focadas em resultados concretos. Durante a presidência brasileira em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento e o Acordo Contingente de Reservas foram criados, tornando-se grandes conquistas para o bloco.
O Brics é uma parceria entre as maiores economias emergentes do mundo, e seu diálogo é baseado em cooperação política, financeira, econômica, cultural e pessoal. O objetivo principal do bloco é promover uma reforma no sistema de governança global, buscando alternativas para instituições como o FMI e o BID e fomentando o desenvolvimento das economias emergentes.
No que diz respeito à saúde do presidente Lula, ele sofreu um ferimento na região occipital após um acidente doméstico e foi orientado pelos médicos a evitar viagens de longa duração de avião. O cardiologista Roberto Kalil Filho acompanhou o caso e recomendou que Lula permanecesse em Brasília para sua recuperação.
A participação do Brasil na Cúpula dos Brics é de extrema importância para as relações internacionais e para o fortalecimento do bloco como um ator relevante no cenário global. Apesar da ausência física do presidente Lula, a delegação brasileira será liderada pelo ministro das Relações Exteriores, garantindo a representatividade do país no evento.
Com informações da Agência Gov