Repatriados dos EUA: Jovens chegam sozinhos e sem família

Por Redação
4 Min

Repatriação de Brasileiros: A Chegada de 111 Cidadãos ao Brasil Após Ação dos EUA

Na última sexta-feira, 7 de outubro, um grupo de 111 brasileiros e brasileiras desembarcou no Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins, após serem deportados pelos Estados Unidos. A lista com o perfil dos repatriados foi disponibilizada pelo governo estadunidense apenas cinco horas antes do voo, revelando que, felizmente, não havia registros de passageiros sob alerta da Interpol, indicando que não estavam envolvidos em atividades ilegais.

Os dados da Polícia Federal mostram que a maioria dos repatriados é composta por jovens. O grupo inclui oito crianças com até 10 anos, 11 adolescentes entre 11 e 20 anos, 38 jovens adultos de 21 a 30 anos e 33 pessoas na faixa dos 31 a 40 anos. Apenas 17 repatriados têm entre 41 e 50 anos, e quatro têm 51 anos ou mais, sendo o mais velho com 53 anos.

A recepção desses cidadãos foi coordenada por uma equipe de 12 profissionais da Força Nacional do SUS, que prestou um total de 173 atendimentos, incluindo cuidados médicos e apoio psicossocial. Ao desembarcar, os repatriados foram acolhidos em uma estrutura organizada que contemplava equipes de acolhimento, urgência e emergência, além de atendimento psicossocial. Durante a operação, foram realizados 126 atendimentos psicossociais, 32 assistenciais e 15 em saúde mental, com as principais ocorrências sendo cefaleias e crises hipertensivas.

O Governo Federal, juntamente com a Secretaria de Saúde local, organizou um esquema de apoio em Fortaleza e Belo Horizonte, aproveitando a experiência adquirida em operações anteriores. A Polícia Federal conduziu uma operação especial para garantir a segurança e a eficiência nos procedimentos migratórios. O Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), instalado em Fortaleza, foi mobilizado para oferecer suporte multidisciplinar durante a recepção.

Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania criou um Posto de Acolhimento aos Repatriados em Belo Horizonte, onde os cidadãos puderam acessar internet gratuita, carregadores de celular e orientação sobre serviços públicos, saúde e assistência social. Um destaque especial foi a presença da Secretaria da Diversidade do Ceará, que atendeu uma mulher transgênero e seu marido, reforçando o compromisso com a diversidade.

A chegada dos repatriados em Fortaleza também representou uma redução significativa no tempo de restrição física, eliminando cinco horas do tempo de transporte em que os deportados permaneciam algemados. Essa ação interministerial envolveu os Ministérios dos Direitos Humanos, Relações Exteriores, Justiça e Segurança Pública, Saúde e Desenvolvimento e Assistência Social, além da colaboração da Polícia Federal.

A operação não apenas garantiu a dignidade dos repatriados, mas também destacou a importância do trabalho conjunto entre diferentes esferas do governo, provendo apoio e assistência a cidadãos em situação de vulnerabilidade. A ação é um reflexo do compromisso do Brasil em cuidar de seus cidadãos, independentemente das circunstâncias que os levaram a deixar o país.

Com informações da Agência Gov

Compartilhe Isso