Alimentos mais baratos e mesa dos brasileiros mais farta: O governo federal lança iniciativas para revitalizar a agricultura familiar
Na busca por alimentos mais acessíveis e uma mesa mais farta para os brasileiros, o Governo Federal apresentou novas iniciativas que visam fortalecer a agricultura familiar e, consequentemente, garantir a segurança alimentar da população. Durante uma entrevista ao programa “Voz do Brasil” na última segunda-feira, 17 de fevereiro, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou os objetivos do governo e as ferramentas que estão sendo disponibilizadas para os agricultores.
Um dos principais anúncios foi o lançamento do programa Desenrola Rural, que proporciona aos agricultores familiares a oportunidade de renegociar suas dívidas. Com descontos que podem chegar a 90% do valor da dívida, a iniciativa busca tirar aproximadamente 1,3 milhão de agricultores da restrição de crédito, um obstáculo que tem dificultado a produção e a oferta de alimentos no Brasil. Segundo Teixeira, a maioria dos alimentos in natura consumidos no país provém da agricultura familiar e dos médios agricultores, que agora poderão retomar o acesso ao crédito agrícola a juros significativamente menores: 3% para alimentos convencionais e 2% para produtos agroecológicos.
“Queremos que esses agricultores voltem a tomar crédito agrícola para produzir alimentos mais saudáveis para a mesa do povo brasileiro. O crédito agrícola é muito generoso”, afirmou Teixeira, ressaltando a importância de fortalecer a produção local e garantir a qualidade dos alimentos.
Os agricultores poderão verificar sua situação de dívida a partir de 24 de fevereiro e têm até 30 de maio para se inscrever no Desenrola Rural, caso estejam com débitos na Dívida Ativa da União. Para aqueles com dívidas no Pronaf, o prazo se estende até 31 de dezembro.
Mas as iniciativas do governo não param por aí. O Programa de Transferência de Renda Rural (PTR-Rural) também foi mencionado, destinado a agricultores e pescadores afetados pelo trágico rompimento da Barragem do Fundão em 2015. Este programa, que é fruto de um acordo entre o governo, o Ministério Público Federal e a Vale, pretende atender agricultores familiares em Minas Gerais e Espírito Santo que residem nas proximidades dos rios afetados. Os beneficiários receberão um suporte financeiro que inicia em um salário mínimo e meio e, após 36 meses, será reduzido para um salário mínimo durante um ano.
Para garantir a participação no programa, os agricultores devem realizar o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) até 6 de março. O cadastro pode ser feito online, e dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-000-7110.
Com essas ações, o governo pretende não apenas aumentar a produção de alimentos, mas também proporcionar melhores condições de vida para os agricultores familiares, reforçando a importância deste setor vital para a economia e a alimentação do país. As expectativas são altas, e a esperança é que, com o apoio adequado, a mesa dos brasileiros se torne mais farta e diversificada.
Com informações da Agência Gov