Uma experiência pioneira no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Brasília, leva conforto, compaixão, amor e solidariedade às mulheres diagnosticadas com câncer e que terão que fazer a mastectomia (operação de retirada de mama). Mulheres que já passaram por este momento difícil e profissionais da área de saúde são voluntárias para visitar as pacientes e dividir experiências.
O trabalho do grupo “Amigas do Peito” também conta com um programa de terapia ocupacional.
A psicóloga e coordenadora do projeto, Regina Valle, lembra que a iniciativa surgiu quando se observou a dificuldade das pacientes olharem o próprio seio durante os curativos. “Com o trabalho iniciado pela fisioterapia e a partir do toque e do olhar do outro, sem estranhamento, procurou-se estimular a aceitação do próprio corpo”, explica.
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O grupo Amigas do Peito foi criado há dez anos e já ajudou dezenas de mulheres em Brasília. O trabalho do grupo foi registrado no documentário “Amigas do Peito: rede de afetos no cuidado”. Assista abaixo o filme na íntegra.
Segundo o Ministério da Saúde, a experiência do grupo de apoio multidisciplinar será utilizada como referência de humanização no cuidado de mulheres em tratamento do câncer de mama nos hospitais federais coordenados pelo DGH (Departamento de Gestão Hospitalar).
O documentário dirigido pelo Roberto Abib e produzido pelo Marcelo Queiroz registrou a rotina das pacientes no hospital Cardoso Fontes, com interações em redes sociais e um grupo de conversação pelo aplicativo Whatsapp. Na unidade, elas são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, composta por ginecologista, psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeira e assistente social. Ao longo dos encontros, as mulheres trocam informações e confidências; visitam outras pacientes que vão passar por cirurgia, mostrando e explicando como fica a vida após a retirada da mama.
Por R7 Brasil