A Bahia passou a liderar, mais uma vez, o ranking de desemprego entre os estados brasileiros. No terceiro trimestre deste ano, o estado atingiu a marca de 15,9% de desempregados, o que representa cerca de 1,151 milhão de desocupados – 22 mil a mais do que o valor registrado no trimestre anterior, entre os meses de abril a junho. Os dados foram divulgados ontem (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE aponta que a Bahia também é o estado que possui maior taxa de subutilização da força de trabalho do Brasil, sendo 34,1% da sua população. Esse indicador engloba as pessoas desempregadas, subocupadas ou inativas, mas que possuem potencial para trabalhar.
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Os dados indicam que os setores da construção civil e de alojamento e alimentação na Bahia registraram crescimento em postos de trabalho em relação ao trimestre anterior, com ampliação de 12 mil e 36 mil empregados, respectivamente. Apesar do aumento, o número de trabalhadores da construção ainda é 4,9% menor do que no mesmo período do ano passado.
No corte de vagas, os principais setores atingidos são os da agricultura, pecuária e pesca, transporte, armazenagem e correio.
Salvador
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a taxa de desocupação em Salvador caiu 0,6 pontos percentuais, fazendo com que a cidade deixasse de ser considerada a capital com maior número de desempregados. O posto foi passado para Aracaju (SE).
Segundo o instituto, o índice em Salvador, que era 17,6% de abril a junho, passou a ser de 17%, de acordo com os dados avaliados de julho a setembro. Já em Aracaju, a taxa atual é de 18,3%.
O IBGE afirma, porém, que, apesar da queda no índice, isso não significa que o número de empregos aumentou na cidade. Tanto que, nesse mesmo período, Salvador teve queda de cerca de cinco mil na quantidade de pessoas ocupadas. O que pode ter acontecido é que um número maior de pessoas sem ocupação desistiram de procurar emprego no período da pesquisa.
por Agora na Bahia