Procurado pela Polícia Federal, o empresário Eike Batista, tem mandado de prisão preventiva em aberto e por isso houve buscas também em uma residência do empresário no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
A ação da polícia faz parte da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato. Os policiais chegaram à casa do empresário por volta das 6h desta quinta-feira (26), no entanto, Eike está fora do país e com informações de seu advogado, o empresário irá se entregar, mas não disse quando.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, expediu nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva (quando as pessoas são obrigadas a acompanharem os policiais para prestarem depoimento) e 22 de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
A PF diz que “investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões” (cerca de R$ 320 milhões na cotação de hoje). “Boa parte dos valores já foi repatriada”, informa a PF em nota.
Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa. Eike é acusado de pagar propina para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que foi preso na mesma operação, para conseguir vantagens para seus negócios no Rio. Contra ele também estaria sendo cumprido mandado de busca e apreensão.
Entre os alvos de mandados de condução coercitiva estão a ex-mulher de Cabral, Suzana Neves Cabral, e um irmão dele, Maurício de Oliveira Cabral.
Um dos mandados de prisão já cumprido tem como alvo Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike e vice-presidente do Flamengo. Ele é acusado de ocultação e lavagem de dinheiro. Godinho já tinha sido alvo de condução coercitiva na 34ª fase da Operação Lava Jato, em setembro de 2016.