Bolsonaro afirma que violência se combate com ‘porrada’

Por Redação
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Citado como um dos nomes que devem concorrer às eleições de 2018 para presidente do Brasil e aparecendo, em uma das pesquisas realizadas pelo instituto Datafolha, com 9% das intenções de voto, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), de 61 anos, voltou a dar declarações polêmicas, em entrevista divulgada nesta segunda-feira (13).

À Folha de S. Paulo, Bolsonaro disse acreditar no uso da violência como forma de combater a violência. “Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil”, afirmou.

Ao falar sobre tortura, ele defendeu o que chama de “métodos enérgicos”. “Tem de ter métodos enérgicos. Eu proponho, o Congresso aprova”. Questionado se isso significaria bater, ele explicou: “Qual o limite entre bater e tratar com energia? Não tem limite, pô. O cara senta ali, faz a pergunta, ele responde. Se não responde, bota na solitária. Fica uma semana, duas semanas, três meses, quatro meses… Problema dele. Dá comidinha para ele, dá. Dá um negocinho para ele tomar lá, um pãozinho, uma água gelada, um ‘brochante’ (calmante) na Coca-Cola, tá tranquilo”.

O deputado também prometeu nomear militares para ocupar metade dos ministérios, caso consiga se eleger presidente do país. “Vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim”, disse, ao comentar o fato de auxiliares de Michel Temer estarem sendo investigados pela Operação Lava Jato.

Perguntado sobre se não tem medo de ser punido por tantas declarações polêmicas ao longo da sua vida pública, ele disse que não. “Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia. Já dei soco em alguém, dei tiro, dei coice?”. E completa: “Não é a imprensa nem o Supremo (Tribunal Federal) que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei”.

Bolsonaro também mostra-se otimista em relação à próxima corrida presidencial. “Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando”.

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