Acordo firmado entre o Instituto Butantan e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai acelerar a produção da primeira vacina contra a dengue, que deve chegar ao mercado em 2018. O BNDES vai liberar R$ 97,2 milhões para que o instituto, o maior produtor de imunobiológicos do Brasil, construa um novo prédio onde será desenvolvida a vacina contra a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
O espaço foi planejado como uma plataforma versátil, na qual também poderão ser produzidos outros tipos de vacina, como as contra a raiva e o zika vírus. Atualmente, apenas o estado do Paraná oferece vacina contra a dengue no Brasil, produzida pelo laboratório internacional Sanofi-Pasteur.
A vacina desenvolvida pelo Butantan, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), é produzida a partir de vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos, que induzem o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro tipos de dengue.
A pesquisa clínica está na última fase de testes antes de a vacina ser submetida à avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se aprovada, ela passará a ser produzida em larga escala e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde do Brasil.
Nesta etapa da pesquisa, os estudos visam à comprovação da eficácia da vacina. Os resultados das duas primeiras fases foram positivos. A estimativa do Instituto Butantan é que todos os participantes da última fase de testes clínicos estejam vacinados ainda este ano, e que a vacina esteja disponível para registro até 2018.