O Gabinete Binacional de Segurança Bolívia-Brasil propôs nesta quinta-feira (17/8), durante a primeira reunião entre autoridades dos dois países, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, a cooperação entre as forças de segurança e inteligência e entre as forças armadas dos dois países; a implementação da Declaração de Brasília sobre segurança nas fronteiras, acordada entre a Argentina, Bolívia, o Brasil, Chile, Paraguai e o Uruguai.
A declaração trata de objetivos prioritários e diretrizes para o desenvolvimento de ações coordenadas nessa região. Foi proposta ainda a cooperação na área policial e de defesa, como controle do tráfego aéreo.
O gabinete foi criado para discutir medidas de proteção das fronteiras entre os dois países, que se estendem por 3.400 quilômetros (km), com vistas ao combate às organizações criminosas transnacionais, ao narcotráfico, ao tráfico de pessoas e armas, além do contrabando, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Da delegação brasileira participaram os ministros da Justiça, Torquato Jardim; da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen. Pela Bolívia, estavam o ministro de Governo, Carlos Romero; o de Defesa, Reymi Ferreira; e o vice-ministro de Justiça, Diego Jiménez.
“O alto nível e a ampla representatividade das delegações propiciaram oportunidade para um debate franco e aberto sobre problemas centrais que ambos países enfrentam no campo da segurança pública, com ênfase na fronteira”, destacou o gabinete de Segurança Institucional, em comunicado à imprensa.
Na semana passada, o ministro da Defesa do Brasil reuniu-se com o do Peru, Jorge Montesinos, também para discutir medidas com vistas à ampliação do controle e da segurança na área da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Ações conjuntas na área de inteligência, combate ao tráfico de armas, de pessoas e de drogas, desenvolvimento de mecanismos de cooperação relacionados ao sistema de vigilância de fronteiras e ao apoio a desastres naturais foram alguns dos temas debatidos no encontro bilateral.
Por Aratu Online