O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que, numa escala de zero a dez, a chance de haver um novo golpe militar no Brasil, como o de 1964, é de menos um. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira, 4, após jornalistas perguntarem ao ministro sobre a repercussão das declarações do comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas.
O militar usou o Twitter na noite de terça-feira, 3, para dizer que a instituição compartilha “o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia”.
“Não vejo nenhuma força política, à exceção daquelas que são absolutamente minoritárias, propor um retorno ao passado. Ninguém quer isso e isso não tem o menor curso no Brasil, eu posso assegurar”, disse, durante um evento nas proximidades da Rocinha para anunciar medidas socioeducativas para a região.
“O comandante tem efetivamente o respaldo para falar em termos da força. Se ele fala em nome da serenidade e do respeito às regras, eu acho que sim, é correto e bom falar”, afirmou.
Jungmann também acrescentou que as Forças Armadas são “um ativo democrático” no Brasil hoje. “O comportamento das Forças Armadas tem sido impecável em termos de institucionalidade e constitucionalização. Digo isso na qualidade de quem foi praticamente dois anos Ministro da Defesa e conviveu com todos os militares”, garantiu.