Maristela Temer, filha do presidente Michel Temer, contou à Polícia Federal que pegou empréstimos e dinheiro da mãe para pagar uma reforma em 2014, mas ela não apresentou comprovantes. A obra está sendo investigada pela PF pela suspeita de que o presidente tenha lavado dinheiro de propina com reformas em imóveis de familiares e em transações imobiliárias em nomes de terceiros, na tentativa de ocultar bens.
Nesta quinta-feira (3/5), durante depoimento, ela revelou ainda que Maria Rita Fratezi, mulher do coronel João Baptista Lima Filho, fez alguns pagamentos, mas negou o recurso tenha vindo de seu pai. O coronel é apontado por delatores como um intermediário de Temer para o recebimento de propina.
Em março, um fornecedor da obra feita Maristela afirmou à Folha de S. Paulo que recebeu pagamentos das mãos de Fratezi, em dinheiro vivo. O advogado da filha do presidente, disse ao veículo que o “auxílio” da mulher do coronel foi dado “por carinho a Maristela”, “por conhecer desde criança”.
A estimativa dos investigadores é de que a reforma tenha custado cerca de R$ 1,5 milhão. A obra passou a ser objeto de apuração quando a polícia encontrou na casa do coronel, em uma busca e apreensão, comprovantes de pagamentos a fornecedores.