As principais centrais sindicais do país divulgaram nota nesta sexta-feira (25/5) em que criticam decisão do governo federal de autorizar o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam liberadas pelo movimento.
Para as centrais, a medida “é querer apagar fogo com gasolina, ou seja: só vai acirrar o conflito e dificultar uma solução equilibrada”, diz a nota assinada pelos presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB. Na nota, as entidades dizem que estão à disposição “como mediadoras na busca de um acordo que solucione o caos social para o qual o país caminha”.
O presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto, anunciou que autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam liberadas pelo movimento. A decisão foi tomada um dia depois de o governo e os caminhoneiros terem anunciado acordo para suspensão dos protestos por 15 dias. “Quero anunciar um plano de segurança imediato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo tem, como tem sempre, a coragem de dialogar; agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro”, disse Temer. O presidente também recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para desbloquear as rodovias federais.
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse não acreditar que a categoria volte à normalidade nos próximos dois dias. “Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou Fonseca à Agência Brasil. A declaração de Lopes foi dada antes do pronunciamento do presidente Michel Temer.
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