Bancário descobre que alguém votou por ele: ‘Quero impugnar essa urna’

Por Redação
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O bancário Leonardo Amaral, de 35 anos, teve uma infeliz surpresa ao chegar à seção de votação, neste domingo (28), em Santo André (SP). Ele foi informado que alguém já havia votado em seu lugar.

“Primeiro, a mesária falou que estava sem o comprovante de votação referente ao meu nome e título. Olhou bem, conferiu se não estava em outra página. Pensei: ‘o papelzinho é o de menos’. Então ela digitou o número do meu título de eleitor e apareceu que eu já havia votado”, explicou.

Leonardo também disse que, no momento em que ficou comprovado o erro, os mesários se entreolharam com cara de pouco entendimento. “O que pareceu ali é que eles se atrapalharam de alguma forma, e alguém acabou votando no meu lugar”, relatou, de acordo com informações do portal Uol.

O eleitor lamentou o ocorrido e disse que procurou um advogado para se informar sobre a situação, e sobre o que poderia ser feito. “Consultei um advogado e, no mínimo, eles têm que colocar isso na ata da seção. Também li em uma matéria que eu poderia votar no lugar da pessoa que votou com o meu nome”, afirmou.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), no entanto, descartou a chance de o eleitor votar no lugar de quem votou por ele. Seria corrigir um possível erro acidental com um “erro proposital”. “Infelizmente ele não vai poder votar”, afirma Marina Campos, do TRE-SP.

Para o órgão, trata-se de uma falha humana, já que a maioria dos trâmites que envolvem a votação são manuais. “É por isso que estamos implementando a biometria, para evitar esses erros. Quando a pessoa vai lá, coloca a digital e não bate, o mesário vai ver que tem algo errado”, explicou Marina Campos. “A gente lamenta muito, são casos esporádicos, mas pode acontecer”, completou.

Já Leonardo pedirá investigação. “Quero registrar tudo, que fui impedido de votar e tudo mais. Não sei se vão me dar a opção de votar no lugar de alguém, mas já conversei com o advogado que quero entrar com um processo na Justiça Eleitoral para impugnar essa urna”, diz o bancário.

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