De acordo com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), um padrão de manchas de óleo no oceano que pode explicar a origem do vazamento no litoral nordestino. A pesquisa concluída na última segunda-feira (28). A entrevista foi dada ao Letras Ambientais. Segundo a amostra do órgão, que é vinculado a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sugere que o vazamento está abaixo da superfície do mar e pode ter vindo do Pré-Sal.
Humberto Barbosa, responsável pela pesquisa, identificou nesta terça-feira (29) um enorme vazamento de óleo, em formato meia lua, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da Costa do Nordeste. O local observado fica no Sul da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.
A região, segundo o pesquisador, está nas proximidades de áreas de exploração da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Pela localização do óleo, trata-se de algo muito maior do que um derramamento acidental ou proposital, a partir de um navio.
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Barbosa diz que é um vazamento que está abaixo da superfície do mar, decorrente de perfuração. Portanto, a pesquisa aponta que a origem do óleo no litoral Nordestino pode ser um vazamento de algum poço de exploração de petróleo na região. “Ontem tivemos um grande impacto, pois pela primeira vez, encontramos um assinatura espacial diferenciada. Ela mostra que a origem do vazamento pode estar ocorrendo abaixo da superfície do mar. Com isso, levantamos a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou, pela sua localização, pode ter ocorrido até mesmo na região do Pré-Sal”, alertou.
Barbosa disse ainda que as imagens foram observadas retroativamente, desde o mês de maio, processando esses dados por faixas, a partir de uma grande quantidade de dados de toda a Costa do Nordeste brasileiro, chegando até o Espírito Santo.