O Tribunal de Justiça de Goiás arquivou, de forma unânime nesta última terça-feira (6/10) uma denúncia do Ministério Público contra o padre Robson de Oliveira Pereira. Ele era acusado de praticar lavagem de dinheiro por meio da Associação Filhos do Pai Eterno.
A decisão foi tomada pelo desembargador Nicomedes Domingos Borges e acompanhada pela turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal. A sessão aconteceu de forma virtual. O padre Robson era investigado na Operação Vendilhões, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, no dia 21 de agosto. Ele era suspeito de praticar lavagem de dinheiro e de crimes de apropriação indébita, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Na decisão, o desembargador Nicomedes afirmou que não existem provas suficientes de que o dinheiro doado pelos fiéis tinham desvios de finalidade. “A Afipe se trata de uma associação civil evangelizador e, para atender às suas necessidades, poderá criar atividades como instrumento captador de recursos financeiros”, justificou.
A acusação era de que os crimes teriam sido cometidos através da Afipe, que é responsável pela Basílica de Trindade (GO). Segundo o Ministério Público, as movimentações financeiras analisadas na investigação somaram R$ 1,7 bilhão.
A associação arrecadava doações para a construção de uma nova basílica em Trindade. O município, a 23 km de Goiânia, abriga a Basílica do Divino Pai Eterno, que é mantida pela Afipe e atrai milhares de fiéis. O padre Robson é reitor da Basílica.